O Auto da Barca do Inferno: uma obra de transição, crítica e moralidade
O Auto da Barca do Inferno é uma obra de teatro escrita por Gil Vicente em 1517, considerada uma das mais importantes e representativas da literatura portuguesa. A peça faz parte da Trilogia das Barcas , junto com o Auto da Barca do Purgatório e o Auto da Barca da Glória , e apresenta uma alegoria do juízo final cristão, com uma forte crítica social e moral à sociedade portuguesa do século XVI. Gil Vicente foi um dramaturgo e poeta português, nascido provavelmente em 1465, em Guimarães, e falecido em 1536, em Évora. É considerado o fundador do teatro em Portugal e o maior representante do humanismo literário, um movimento artístico e filosófico que valorizava a cultura clássica e o pensamento racional, mas sem abandonar os valores religiosos e populares da Idade Média. Gil Vicente escreveu mais de quarenta peças, entre autos, farsas, comédias e tragédias, em português e em espanhol, utilizando uma linguagem simples, expressiva e humorística. Resumo O Auto da Barca do Inferno é co