Correndo Contra o Tempo: Uma Crítica aos 60 Minutos da Netflix
A trama segue Octavio, um lutador de MMA que se vê preso em uma corrida contra o relógio para chegar à festa de aniversário de sua filha. A premissa, embora potencialmente emocionante, desenrola-se de maneira previsível, como se estivéssemos revisitando clichês dos anos 90. A narrativa, centrada em apostas e perseguições, poderia ter adotado a ousadia de transcorrer em tempo real, adicionando tensão palpável à corrida de Octavio.
O protagonista, interpretado por Emilio Sakraya, não é desprovido de talento, mas sua performance é sufocada por uma coreografia de lutas excessivamente realista. Num mundo cinematográfico saturado por produções de ação inovadoras, "60 Minutos" se assemelha mais a uma reliquia de décadas passadas do que uma expressão contemporânea.
A falta de profundidade na construção dos personagens é decepcionante. Octavio, inicialmente retratado como um pai negligente, permanece estático ao longo da narrativa, não amadurecendo significativamente. Os coadjuvantes, por sua vez, surgem e desaparecem da trama de maneira inexplicável, minando qualquer potencial de desenvolvimento.
Um Dia para Morrer: nostalgia e ação sem profundidade
Ao final da maratona de 60 minutos, é difícil não pensar que este filme poderia ter sido um cult na década de 1990, inspirando futuras obras. Contudo, na era do streaming repleta de produções de ação de alta qualidade, "60 Minutos" se perde entre as opções, não ofendendo, mas tampouco conseguindo empolgar. Como uma peça fora de seu quebra-cabeça temporal, resta à produção alemã aguardar para ver se o tempo a tornará uma relíquia ou apenas uma memória esquecida na vastidão do catálogo da Netflix.
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