Lúcifer Morningstar: Uma Análise da Série de TV

Lúcifer Morningstar
Lúcifer Morningstar é uma série de TV americana baseada no personagem dos quadrinhos criado por Neil Gaiman para a série Sandman, que depois se tornou o protagonista do spin-off Lúcifer, escrito por Mike Carey. A série estreou na Fox em 2016 e foi cancelada após três temporadas, mas foi resgatada pela Netflix, que produziu mais três temporadas, sendo a última lançada em 20212. A série é protagonizada por Tom Ellis, que interpreta o Senhor do Inferno que se cansa da sua vida nas trevas e decide tirar férias em Los Angeles, onde abre uma casa noturna chamada Lux e se envolve com uma investigadora de assassinatos, Chloe Decker (Lauren German).

A Trama

A série acompanha as aventuras de Lúcifer na Terra, onde ele usa seus poderes sobrenaturais para ajudar Chloe a resolver crimes e punir os culpados. Ele também tem que lidar com as consequências de sua rebelião contra Deus, seu pai, que enviou seu irmão Amenadiel (D.B. Woodside) para levá-lo de volta ao Inferno. Além disso, ele enfrenta diversas ameaças sobrenaturais, como anjos caídos, demônios, deuses pagãos e até mesmo seu irmão gêmeo Miguel, que quer tomar seu lugar na Terra e no Inferno.

A série explora temas como livre-arbítrio, redenção, identidade, moralidade e amor, através das relações de Lúcifer com os outros personagens. Entre eles estão sua aliada demoníaca Mazikeen (Lesley-Ann Brandt), sua terapeuta humana Linda Martin (Rachael Harris), sua amiga cientista forense Ella Lopez (Aimee Garcia), seu rival detetive Dan Espinoza (Kevin Alejandro) e sua filha Trixie (Scarlett Estevez). A série também apresenta personagens recorrentes como Charlotte Richards (Tricia Helfer), a mãe de Lúcifer que assume o corpo de uma advogada humana; Marcus Pierce (Tom Welling), um tenente corrupto que revela ser Caim, o primeiro assassino da história; Eve (Inbar Lavi), a primeira mulher da humanidade e antigo amor de Lúcifer; e Rory (Brianna Hildebrand), a filha do futuro de Lúcifer e Chloe.

Os Episódios

A série tem um total de 93 episódios distribuídos em seis temporadas. Cada episódio tem cerca de 42 minutos de duração e segue um formato procedural, com um caso da semana que serve de pano de fundo para o desenvolvimento dos personagens e da trama principal. A série também tem episódios especiais que fogem do padrão, como episódios musicais, em preto e branco, em realidades alternativas e em flashbacks.

A seguir, vou destacar os melhores e os piores episódios da série, na minha opinião:

Os Melhores Episódios

  • S3E24 - A Devil of My Word: O último episódio da terceira temporada é um dos mais emocionantes da série, pois mostra a conclusão da batalha entre Lúcifer e Pierce/Caim, que resulta na morte deste último e na revelação da verdadeira face de Lúcifer para Chloe. O episódio também tem momentos dramáticos, como a despedida de Charlotte após ser assassinada por Pierce e a ascensão de Amenadiel ao céu com seu corpo. O episódio termina com um cliffhanger que deixa os fãs ansiosos pela continuação.
  • S4E10 - Who’s da New King of Hell?: O último episódio da quarta temporada é outro ponto alto da série, pois mostra o confronto final entre Lúcifer e Miguel, que tenta usurpar seu trono no Inferno e manipular Chloe para se casar com ele. O episódio também tem cenas de ação envolvendo demônios invadindo Los Angeles e os amigos de Lúcifer lutando contra eles. O episódio termina com uma cena romântica e trágica entre Lúcifer e Chloe, que se declaram um para o outro, mas são separados pela decisão de Lúcifer de voltar ao Inferno para impedir que os demônios causem mais caos na Terra.
  • S5E8 - Spoiler Alert: O último episódio da primeira parte da quinta temporada é outro episódio marcante, pois revela a verdadeira identidade de Miguel, que se passou por Lúcifer durante parte da temporada e enganou Chloe, Linda e Amenadiel. O episódio também mostra o retorno de Deus (Dennis Haysbert), o pai de Lúcifer, que desce à Terra para interromper a briga entre seus filhos. O episódio termina com um gancho que deixa os fãs curiosos para saber como será o encontro entre Lúcifer e seu pai.

Os Piores Episódios

  • S2E16 - God Johnson: Um dos episódios mais fracos da série, pois mostra um caso da semana envolvendo um homem que se diz ser Deus (Timothy Omundson) e que está internado em um hospital psiquiátrico. O episódio tenta explorar a relação de Lúcifer com seu pai, mas acaba sendo confuso e sem graça, pois o homem não é realmente Deus, mas apenas um paciente que recebeu um cinturão divino que lhe deu poderes. O episódio também tem cenas constrangedoras, como Lúcifer dançando com o homem e Chloe beijando-o pensando que é Lúcifer.
  • S3E7 - Off the Record: Um dos episódios mais desnecessários da série, pois mostra a história de Reese Getty (Patrick Fabian), um jornalista que descobre a verdade sobre Lúcifer e tenta expô-lo. O episódio é um flashback que se passa durante a primeira e a segunda temporada, mas não acrescenta nada de relevante à trama principal. O episódio também tem um final previsível, pois Reese acaba sendo morto por um serial killer que ele tentou usar para matar Lúcifer.
  • S5E4 - It Never Ends Well for the Chicken: Um dos episódios mais chatos da série, pois mostra uma história contada por Lúcifer para Trixie sobre um caso que ele resolveu em Nova York nos anos 40. O episódio é todo em preto e branco e tem os atores da série interpretando personagens diferentes da época. O episódio tenta ser uma homenagem aos filmes noir, mas acaba sendo tedioso e sem sentido, pois a história não tem nada a ver com a trama principal e não tem nenhuma relevância para o desenvolvimento dos personagens.

Lúcifer: Série de TV vs Quadrinhos

A série de TV apresenta muitas diferenças em relação aos quadrinhos, tanto na personalidade do protagonista quanto na trama e nos personagens secundários. Vejamos algumas dessas diferenças:

  • Personalidade: O Lúcifer da série de TV é um personagem mais carismático, divertido e vulnerável, que se envolve com a detetive Chloe Decker e se humaniza aos poucos. Ele também tem um senso de justiça e usa seus poderes para punir os criminosos. Já o Lúcifer dos quadrinhos é um personagem mais arrogante, frio e manipulador, que não se importa com os humanos e busca se livrar da influência de Deus. Ele também tem um senso de orgulho e usa seus poderes para desafiar os limites da criação.
  • Trama: A série de TV segue um formato procedural, com um caso da semana que serve de pano de fundo para o desenvolvimento dos personagens e da trama principal. A série também tem um tom mais leve e cômico, com algumas cenas de ação e drama. Já os quadrinhos seguem uma narrativa mais complexa e épica, com uma trama principal que envolve questões cósmicas, teológicas e filosóficas. Os quadrinhos também têm um tom mais sombrio e maduro, com cenas de violência e sexo.
  • Personagens: A série de TV introduz vários personagens que não existem nos quadrinhos, como Chloe Decker, Dan Espinoza, Ella Lopez e Trixie. Esses personagens são amigos ou colegas de trabalho de Lúcifer, que o ajudam a resolver os casos e a se adaptar à vida na Terra. A série também modifica alguns personagens dos quadrinhos, como Mazikeen, que é uma aliada leal e apaixonada por Lúcifer na série, mas é uma rival ambiciosa e ressentida por ele nos quadrinhos. Já os quadrinhos apresentam vários personagens que não aparecem na série, como os Perpétuos (a família de Sandman), os anjos Duma e Remiel (que assumem o controle do Inferno após a saída de Lúcifer) e Elaine Belloc (a neta humana de Deus que se torna amiga de Lúcifer).

Essas são algumas das principais diferenças entre a série de TV Lúcifer e o personagem nos quadrinhos.

A Conclusão

Lúcifer Morningstar é uma série de TV divertida, envolvente e cativante, que mistura elementos de fantasia, policial e romance. A série tem como ponto forte o carisma do protagonista Tom Ellis, que interpreta o diabo com humor, charme e vulnerabilidade. A série também tem outros personagens interessantes, que formam uma família disfuncional e adorável. A série tem seus altos e baixos, mas no geral é uma ótima opção para quem gosta de uma história bem contada, com doses de ação, drama e comédia.

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