Supergirl: uma análise da série de televisão
A série é parte do Arrowverse, um universo compartilhado de séries de televisão baseadas em personagens da DC Comics, que inclui Arrow, The Flash, Legends of Tomorrow, Black Lightning, Batwoman e Superman & Lois. A série também tem um spin-off animado chamado Freedom Fighters: The Ray, que apresenta a personagem Ray Terrill, um super-herói gay que luta contra os nazistas em uma realidade alternativa.
A série tem atualmente seis temporadas, com a sexta sendo a última. A série recebeu críticas geralmente positivas dos críticos e do público, elogiando o elenco, especialmente Melissa Benoist como Supergirl, a representação da diversidade, os temas sociais e o tom otimista. No entanto, a série também foi criticada por alguns aspectos do roteiro, dos efeitos especiais, dos vilões e da inconsistência na qualidade das temporadas.
Neste artigo, vou analisar os aspectos mais marcantes da série, destacando tanto seus pontos altos quanto suas fraquezas. Também vou identificar e analisar os episódios que se destacam como os melhores e os piores ao longo das várias temporadas de Supergirl. Além disso, vou abordar as principais diferenças entre a série de televisão e suas contrapartes nas histórias em quadrinhos. Por fim, vou atribuir uma nota honesta e fundamentada para Supergirl, baseada na minha análise abrangente e no meu conhecimento da série.
Os pontos altos e as fraquezas da série
Supergirl é uma série que tem muitos pontos fortes, mas também alguns pontos fracos. Vou começar pelos pontos altos, que são:
- Melissa Benoist como Supergirl: sem dúvida, o maior trunfo da série é a protagonista, interpretada com carisma, emoção e talento por Melissa Benoist. Ela consegue transmitir a dualidade entre Kara Danvers, a repórter tímida e desajeitada, e Supergirl, a heroína confiante e inspiradora. Ela também demonstra uma grande química com os demais atores do elenco, especialmente com Chyler Leigh (Alex Danvers), David Harewood (J’onn J’onzz), Jeremy Jordan (Winn Schott) e Chris Wood (Mon-El). Melissa Benoist é o coração da série e faz com que o público se importe com sua jornada.
- A representação da diversidade: outro ponto alto da série é a forma como ela aborda a diversidade de gênero, sexualidade, raça e etnia. A série tem personagens LGBTQIA+, como Alex Danvers (lésbica), Nia Nal (transgênero), William Dey (bissexual) e Kelly Olsen (lésbica); personagens negros ou pardos, como James Olsen (negro), J’onn J’onzz (pardo), Kelly Olsen (negra), Brainiac 5 (pardo) e Andrea Rojas (parda); personagens latinos ou hispânicos, como Maggie Sawyer (latina), Oscar Rodas (latino) e Luis Martinez (latino); personagens asiáticos ou descendentes de asiáticos, como Lena Luthor (descendente de coreanos), Querl Dox (descendente de japoneses) e Eve Teschmacher (descendente de chineses); entre outros. A série também explora as questões sociais relacionadas à diversidade, como o preconceito, a discriminação, a xenofobia, o machismo, o racismo e a homofobia, de forma sensível e relevante.
- Os temas sociais: além da diversidade, a série também aborda outros temas sociais importantes, como o feminismo, o ambientalismo, o jornalismo, a política, a ética, a tecnologia, a religião e a família. A série usa as histórias de super-heróis como uma metáfora para discutir esses temas, mostrando como eles afetam os personagens e o mundo. A série também incentiva o público a se informar, se engajar e se posicionar sobre esses temas, sem ser didática ou moralista.
- O tom otimista: outro ponto alto da série é o seu tom otimista e esperançoso, que contrasta com outras séries mais sombrias e violentas do gênero. A série mostra que é possível ser um super-herói sem perder a humanidade, a compaixão e a alegria. A série também celebra os valores positivos, como a amizade, o amor, a coragem, a justiça e a paz. A série é uma fonte de inspiração e entretenimento para o público.
No entanto, a série também tem alguns pontos fracos, que são:
- O roteiro: um dos pontos fracos da série é o roteiro, que muitas vezes é inconsistente, previsível, forçado ou ilógico. A série tem problemas de continuidade, de coerência, de ritmo e de desenvolvimento. A série também tem alguns furos de roteiro, clichês, diálogos expositivos ou artificiais e soluções fáceis ou convenientes. A série às vezes sacrifica a qualidade da história para servir aos propósitos do drama ou do humor.
- Os efeitos especiais: outro ponto fraco da série é os efeitos especiais, que muitas vezes são de baixa qualidade, mal feitos ou falsos. A série tem problemas de iluminação, de textura, de movimento e de integração. A série também tem alguns erros de edição, de sincronia ou de proporção. A série às vezes compromete a imersão do público por causa dos efeitos especiais ruins.
- Os vilões: outro ponto fraco da série é os vilões, que muitas vezes são unidimensionais, genéricos, esquecíveis ou desperdiçados. A série tem problemas de motivação, de personalidade, de ameaça e de carisma. A série também tem alguns vilões repetitivos, copiados ou sem graça. A série às vezes falha em criar antagonistas interessantes ou desafiadores para a protagonista.
Os melhores e os piores episódios da série
Supergirl é uma série que tem episódios bons e episódios terríveis. Vou listar os cinco melhores e os cinco piores episódios da série, segundo o meu critério pessoal. Vou considerar os aspectos técnicos, artísticos e narrativos dos episódios, bem como o meu gosto pessoal.
Os cinco melhores episódios
- 1x20 - Better Angels: este é o episódio final da primeira temporada e um dos mais emocionantes da série. O episódio mostra Supergirl enfrentando seu tio Non e sua tia Astra em um plano para dominar o mundo usando o projeto Myriad. O episódio tem cenas de ação incríveis, como a luta entre Supergirl e Non no céu; momentos dramáticos tocantes, como a morte de Astra nas mãos de Alex; momentos cômicos divertidos, como as interações entre Cat Grant e Maxwell Lord; e momentos surpreendentes reveladores, como a chegada do Superman ao lado de Supergirl. O episódio também tem uma mensagem inspiradora sobre o poder do amor e da esperança para vencer o medo e o ódio.
- 2x08 - Medusa: este é o episódio crossover com as outras séries do Arrowverse na segunda temporada e um dos mais divertidos da série. O episódio mostra Supergirl se unindo ao Flash (Grant Gustin), ao Green Arrow (Stephen Amell) e às Legends of Tomorrow para combater uma invasão alienígena liderada pelos Dominadores. O episódio tem cenas de ação espetaculares, como a batalha entre os heróis e os alienígenas no hangar; momentos dramáticos emocionantes, como o confronto entre Supergirl e Cyborg Superman (David Harewood) na Fortaleza da Solidão; momentos cômicos hilários, como as reações dos personagens ao conhecerem as versões alternativas de si mesmos; e momentos surpreendentes chocantes, como a traição de Mon-El (Chris Wood) aos Dominadores. O episódio também tem uma mensagem positiva sobre a importância da união e da confiança entre os heróis.
- 3x06 - Midvale: este é o episódio flashback da terceira temporada e um dos mais nostálgicos da série. O episódio mostra Kara e Alex voltando à sua cidade natal, Midvale, para se recuperarem de seus traumas recentes. O episódio tem cenas de ação empolgantes, como a perseguição de carro entre as jovens Kara (Izabela Vidovic) e Alex (Olivia Nikkanen) e os agentes do FBI; momentos dramáticos comoventes, como a morte de Kenny Li (Ivan Mok), o amigo de Kara, e a reconciliação entre as irmãs; momentos cômicos adoráveis, como as interações entre Kara e Eliza Danvers (Helen Slater), a mãe adotiva de Kara; e momentos surpreendentes reveladores, como a aparição de J’onn J’onzz disfarçado de Jeremiah Danvers (Dean Cain), o pai adotivo de Kara. O episódio também tem uma mensagem emocionante sobre o poder do amor fraternal e da memória.
- 4x09 - Elseworlds, Part 3: este é o episódio crossover com as outras séries do Arrowverse na quarta temporada e um dos mais épicos da série. O episódio mostra Supergirl, Flash e Green Arrow enfrentando o Monitor (LaMonica Garrett), um ser cósmico que testa os heróis para uma crise iminente. O episódio tem cenas de ação fantásticas, como a luta entre os heróis e o Superman do mal (Tyler Hoechlin) em Smallville; momentos dramáticos impactantes, como a morte temporária de Flash e Green Arrow; momentos cômicos memoráveis, como as referências à cultura pop e aos quadrinhos; e momentos surpreendentes impressionantes, como a introdução de Batwoman (Ruby Rose) e a revelação do Anti-Monitor (LaMonica Garrett). O episódio também tem uma mensagem heroica sobre o sacrifício e o destino dos heróis.
- 5x13 - It’s a Super Life: este é o episódio especial do centésimo episódio da série e um dos mais criativos da série. O episódio mostra Supergirl recebendo a visita de Mxyzptlk (Thomas Lennon), um ser mágico que oferece a ela a chance de mudar uma decisão do passado. O episódio tem cenas de ação variadas, como as diferentes versões das batalhas contra os vilões das temporadas anteriores; momentos dramáticos cativantes, como as consequências das mudanças na vida de Supergirl e seus amigos; momentos cômicos geniais, como as paródias de filmes famosos; e momentos surpreendentes emocionantes, como o reencontro de Supergirl com Mon-El. O episódio também tem uma mensagem reflexiva sobre o arrependimento e a aceitação das escolhas.
Os cinco piores episódios
- 1x05 - How Does She Do It?: este é o quinto episódio da primeira temporada e um dos mais fracos da série. O episódio mostra Supergirl tentando equilibrar sua vida pessoal e profissional enquanto enfrenta um terrorista que planta bombas em National City. O episódio tem cenas de ação sem graça, como a desativação das bombas por Supergirl; momentos dramáticos forçados, como o romance entre Kara e James Olsen (Mehcad Brooks); momentos cômicos sem noção, como as tentativas de Cat Grant (Calista Flockhart) de ser uma boa mãe; e momentos surpreendentes previsíveis, como a revelação de que o terrorista é Maxwell Lord (Peter Facinelli). O episódio também tem uma mensagem confusa sobre o papel da mulher na sociedade.
- 2x17 - Distant Sun: este é o décimo sétimo episódio da segunda temporada e um dos mais decepcionantes da série. O episódio mostra Supergirl sendo alvo de uma recompensa colocada por Rhea (Teri Hatcher), a mãe de Mon-El, que quer separá-los. O episódio tem cenas de ação repetitivas, como as lutas entre Supergirl e os caçadores de recompensas alienígenas; momentos dramáticos melodramáticos, como o conflito entre Mon-El e seus pais; momentos cômicos constrangedores, como as cenas de sexo entre Alex e Maggie (Floriana Lima); e momentos surpreendentes incoerentes, como a decisão de Mon-El de se entregar a Rhea. O episódio também tem uma mensagem contraditória sobre o amor e o sacrifício.
- 3x17 - Trinity: este é o décimo sétimo episódio da terceira temporada e um dos mais chatos da série. O episódio mostra Supergirl, Alex e Lena Luthor (Katie McGrath) invadindo a base secreta das Worldkillers, as vilãs da temporada. O episódio tem cenas de ação desinteressantes, como a invasão da base e a luta contra as Worldkillers; momentos dramáticos irritantes, como a desconfiança de Supergirl em relação a Lena; momentos cômicos desnecessários, como as piadas de Winn; e momentos surpreendentes irrelevantes, como a aparição de Sam Arias (Odette Annable) na Zona Fantasma. O episódio também tem uma mensagem superficial sobre a amizade e a confiança.
- 4x04 - Ahimsa: este é o quarto episódio da quarta temporada e um dos mais ridículos da série. O episódio mostra Supergirl usando um traje especial para se proteger da atmosfera contaminada por kryptonita. O episódio tem cenas de ação ridículas, como o uso do traje por Supergirl; momentos dramáticos exagerados, como o dilema de J’onn J’onzz em usar ou não a violência; momentos cômicos bobos, como as alucinações de Brainiac 5 (Jesse Rath); e momentos surpreendentes absurdos, como a revelação de que Manchester Black (David Ajala) é um assassino. O episódio também tem uma mensagem simplista sobre a não-violência e o respeito.
- 5x09 - Crisis on Infinite Earths, Part 1: este é o episódio crossover com as outras séries do Arrowverse na quinta temporada e um dos mais decepcionantes da série. O episódio mostra Supergirl e os outros heróis tentando impedir a destruição dos multiversos pelo Anti-Monitor. O episódio tem cenas de ação confusas, como a evacuação das Terras paralelas e o confronto com os demônios das sombras; momentos dramáticos forçados, como a morte do Superman da Terra-75 (Tyler Hoechlin) e a aparição do Superman do Reino do Amanhã (Brandon Routh); momentos cômicos sem graça, como as participações especiais de Burt Ward e Robert Wuhl; e momentos surpreendentes sem sentido, como a morte do Flash da Terra-90 (John Wesley Shipp) e a chegada do Pariah (Tom Cavanagh). O episódio também tem uma mensagem confusa sobre o destino e a esperança.
Diferenças entre a série de televisão e as histórias em quadrinhos
- A origem de Supergirl: na série de televisão, Supergirl é Kara Zor-El, prima do Superman, que escapou da destruição de Krypton junto com ele, mas ficou presa na Zona Fantasma por 24 anos, chegando à Terra quando já era adulta. Na Terra, ela foi adotada pela família Danvers e escondeu seus poderes até decidir se tornar uma super-heroína. Nas histórias em quadrinhos, Supergirl teve várias origens diferentes ao longo dos anos, dependendo da continuidade e da cronologia. A versão mais conhecida é a de Kara Zor-El, prima do Superman, que escapou da destruição de Krypton em uma nave construída por seu pai, Zor-El, e chegou à Terra quando ainda era adolescente. Na Terra, ela foi acolhida pelo Superman e adotou o nome de Linda Lee Danvers. Outras versões incluem Matrix, uma forma de vida artificial criada por um cientista kryptoniano; Linda Danvers, uma garota humana que se fundiu com Matrix; Cir-El, uma garota humana que acreditava ser filha do Superman; Kara Zor-El II, uma clone do Superman criada por Lex Luthor; e Kara Zor-El III, uma sobrevivente de Krypton que chegou à Terra após a Crise nas Infinitas Terras. A diferença entre a origem da série e das histórias em quadrinhos é significativa, pois afeta a personalidade, a motivação e a relação de Supergirl com o Superman e com os outros personagens.
- Os personagens coadjuvantes: na série de televisão, Supergirl tem vários personagens coadjuvantes que são diferentes ou inexistentes nas histórias em quadrinhos. Alguns exemplos são: Alex Danvers (Chyler Leigh), a irmã adotiva de Kara e agente do DEO; J’onn J’onzz (David Harewood), o líder do DEO e o Caçador de Marte disfarçado; James Olsen (Mehcad Brooks), o fotógrafo do Planeta Diário e o Guardião; Winn Schott (Jeremy Jordan), o amigo hacker de Kara e o Homem-Brinquedo; Mon-El (Chris Wood), o príncipe de Daxam e o interesse amoroso de Kara; Lena Luthor (Katie McGrath), a irmã adotiva de Lex Luthor e a CEO da L-Corp; Nia Nal (Nicole Maines), a repórter do CatCo e a Sonhadora; Brainiac 5 (Jesse Rath), o membro da Legião dos Super-Heróis e o gênio alienígena; entre outros. Nas histórias em quadrinhos, alguns desses personagens têm origens, personalidades ou papéis diferentes. Por exemplo: Alex Danvers não existe nas histórias em quadrinhos; J’onn J’onzz é um dos fundadores da Liga da Justiça e não tem ligação com o DEO; James Olsen é um jovem ruivo e não um super-herói; Winn Schott é o vilão Homem-Brinquedo e não um amigo de Kara; Mon-El é um membro da Legião dos Super-Heróis e não um príncipe de Daxam; Lena Luthor é uma cientista paraplégica e não uma empresária; Nia Nal é uma descendente da Sonhadora original das histórias em quadrinhos; Brainiac 5 é um descendente do vilão Brainiac e não um aliado dele. A diferença entre os personagens coadjuvantes da série e das histórias em quadrinhos é relevante, pois afeta a dinâmica, o conflito e o humor da série.
- As tramas principais: na série de televisão, Supergirl tem várias tramas principais que são diferentes ou inexistentes nas histórias em quadrinhos. Alguns exemplos são: a invasão dos Daxamitas na segunda temporada; a ascensão das Worldkillers na terceira temporada; o surgimento dos Filhos da Liberdade na quarta temporada; a conspiração do Leviatã na quinta temporada; e a Crise nas Infinitas Terras no crossover com as outras séries do Arrowverse. Nas histórias em quadrinhos, algumas dessas tramas têm origens, desenvolvimentos ou desfechos diferentes. Por exemplo: a invasão dos Daxamitas nas histórias em quadrinhos é causada por Darkseid e não por Rhea; as Worldkillers nas histórias em quadrinhos são criaturas artificiais criadas por Zor-El e não por um culto kryptoniano; os Filhos da Liberdade nas histórias em quadrinhos são um grupo terrorista liderado pelo General Lane e não pelo Agente Liberty; o Leviatã nas histórias em quadrinhos é uma organização secreta liderada por Talia al Ghul e não por Gamemnae; e a Crise nas Infinitas Terras nas histórias em quadrinhos é uma saga que envolve todos os personagens da DC Comics e não apenas os do Arrowverse. A diferença entre as tramas principais da série e das histórias em quadrinhos é importante, pois afeta o tom, o ritmo e o tema da série.
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