Violência no Futebol: Gabriela Anelli, uma Vítima Inocente que Clama por Mudanças

Gabriela Anelli
No jogo entre Palmeiras e Flamengo, válido pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro 2023, Gabriela era uma das torcedoras que esperava para entrar no estádio da equipe paulista, o Allianz Parque.

Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras ferida em confusão no jogo entre o clube paulista e o Flamengo, morreu nesta segunda-feira (10).  Ela estava internada na Santa Casa, no Centro de São Paulo, após ser socorrida durante a brigada. Gabriela sofreu duas paradas cardíacas depois de ser atingida por uma garrafa de vidro no pescoço.

Enquanto estava na fila, um torcedor do Flamengo foi identificado, como informou o jornalista Mauro Cezar Pereira no programa "Posse de Bola", e acusado de acertar uma garrafa de vidro na jovem. O delator foi preso e a princípio indiciado por tentativa de homicídio.

Gabriela foi socorrida com vida e levada para o Pronto Socorro da Santa Casa, como confirmou a Polícia Militar. Segundo informações do portal da Band, a jovem passou por cirurgia e teve duas paradas cardíacas.

Mariana Anelli, prima de Gabriela, concedeu ainda entrevista ao programa Bora Brasil, confirmando que a jovem morreu na manhã desta segunda. Além disso, reafirmou sobre a necessidade do fim da violência no futebol: "Essa violência no futebol precisa acabar. O fanatismo no futebol precisa acabar. A família é quem sofre, o pessoal está ficando doente".

Preso em flagrante ainda no sábado, Leonardo, segundo o delegado, admitiu em uma conversa informal com policiais que atirou a garrafa. Em depoimento um pouco antes, porém, o flamenguista disse que atirou apenas gelo, e as pedras eram pequenas e nem teriam atingido a divisória de torcedores.

– O autor do arremesso da garrafa está preso, detido, desde o início do confronto. Hoje só mudou a natureza do inquérito. Passou de homicídio tentado para doloso – explicou Saad.

– Ele assume que atirou a garrafa. Não diz que foi em direção a Gabriela. Diz que era um confronto entre as torcidas, ambas arremessavam, e que ele havia, sim, arremessado uma garrafa.

Apesar do depoimento, Saad reforçou em entrevista que o torcedor foi identificado e admitiu ter atirado uma garrafa. – As provas testemunhais descrevem até a roupa que ele estava usando. Na delegacia ele confessou que jogou a garrafa. Todas as testemunhas que estavam lá, que também foram atingidas por garrafas, apontaram ele como autor – completou o delegado.

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