Thundarr, o Bárbaro: a série que revolucionou o gênero sci-fantasy nos anos 80 e 90

Você se lembra de Thundarr, o Bárbaro? Essa série animada foi exibida na TV brasileira nos anos 80 e 90, e conquistou muitos fãs com suas aventuras em um mundo pós-apocalíptico. Thundarr era um guerreiro que lutava contra as forças do mal com sua espada de energia e seus companheiros: a feiticeira Ariel e o homem-leão Ookla. Juntos, eles enfrentavam mutantes, magos, robôs e outras ameaças em uma Terra devastada por um cataclismo cósmico.

Neste post, vamos relembrar alguns fatos e curiosidades sobre essa série que marcou uma geração. Acompanhe!

Thundarr, o Bárbaro

A origem da série

Thundarr, o Bárbaro foi criada por Steve Gerber, um roteirista de quadrinhos famoso por seu trabalho em Howard, o Pato e O Demolidor. Gerber teve a ideia de criar uma série que misturasse elementos de ficção científica e fantasia, inspirada em obras como Conan, o Bárbaro, Star Wars e Mad Max. Ele apresentou o projeto para a Ruby-Spears Productions, uma empresa de animação que produzia desenhos para a rede ABC.

A série foi aprovada e estreou em outubro de 1980, com 13 episódios na primeira temporada. A segunda temporada teve mais 8 episódios, exibidos em 1981. A série foi cancelada após a segunda temporada, mas continuou sendo reprisada até 1984. No Brasil, a série foi exibida pela Rede Globo e pelo SBT.

Os personagens e seus poderes

Thundarr, o Bárbaro

A série tinha três personagens principais, que formavam o trio de heróis que viajava pelo mundo. Eles eram:

Thundarr: o protagonista da série, um guerreiro forte e corajoso que usava uma espada de energia chamada Sunsword. Essa espada era capaz de cortar qualquer material e emitir raios de luz. Thundarr era um ex-escravo que se rebelou contra seu antigo mestre, o feiticeiro Sabian. Ele tinha um senso de honra e justiça, e defendia os fracos e oprimidos.

Ariel: a companheira de Thundarr, uma feiticeira que dominava vários tipos de magia. Ela podia lançar feitiços, criar ilusões, levitar objetos e se comunicar telepaticamente. Ariel era filha adotiva de Sabian, mas se voltou contra ele quando conheceu Thundarr. Ela era inteligente e culta, e conhecia muitos segredos do passado da humanidade.

Ookla: o amigo de Thundarr, um homem-leão que pertencia a uma raça de mutantes chamada Mok. Ele era muito forte e ágil, e usava uma maça como arma. Ookla não falava a língua humana, mas se comunicava com grunhidos e gestos. Ele era leal e valente, e tinha um bom senso de humor.

Além dos personagens principais, a série tinha vários personagens secundários, que apareciam em alguns episódios. Entre eles, podemos citar:

Sabian: o principal vilão da série, um feiticeiro poderoso que queria dominar o mundo. Ele era o antigo mestre de Thundarr e o pai adotivo de Ariel. Ele usava um elmo metálico que lhe dava controle sobre a eletricidade.

Gemini: outro vilão da série, um feiticeiro que tinha duas faces: uma humana e outra demoníaca. Ele podia mudar de forma e controlar as mentes das pessoas.

Vashtar: um aliado dos heróis, um sábio que conhecia muitos mistérios do mundo antigo. Ele era o guardião da Biblioteca do Congresso, onde guardava livros e documentos preciosos.

Cinda: uma amiga dos heróis, uma guerreira que liderava um grupo de rebeldes contra o tirano Zevon. Ela era apaixonada por Thundarr.

O elenco de vozes

Thundarr, o Bárbaro

A série contou com um elenco de vozes de peso, tanto na versão original quanto na versão brasileira. Na versão original, Thundarr era dublado por Robert Ridgely, um ator que também fez a voz de Tarzan em outra série animada da Ruby-Spears. Ariel era dublada por Nellie Bellflower, uma atriz que também fez a voz de Wendy em Peter Pan e os Piratas. Ookla era dublado por Henry Corden, um ator que também fez a voz de Fred Flintstone em Os Flintstones.

Na versão brasileira, Thundarr era dublado por Garcia Neto, um ator que também fez a voz de He-Man em He-Man e os Mestres do Universo. Ariel era dublada por Maralise Tartarine, uma atriz que também fez a voz de She-Ra em She-Ra: A Princesa do Poder. Ookla era dublado por Carlos Seidl, um ator que também fez a voz de Seu Madruga em Chaves.

O cenário da série

A série se passava no ano de 3994, dois mil anos após um cometa ter passado perto da Terra e causado uma série de desastres naturais. A civilização humana foi quase extinta, e o planeta ficou repleto de ruínas de cidades antigas. Além disso, o cometa liberou energias místicas que despertaram poderes sobrenaturais em alguns seres humanos e animais. Assim, surgiram novas raças de mutantes, monstros e magos.

Thundarr era um ex-escravo que escapou do domínio do feiticeiro Sabian. Ele encontrou Ariel e Ookla durante sua fuga, e eles se tornaram amigos e aliados. Eles viajavam pelo mundo em busca de liberdade e justiça, combatendo os tiranos que exploravam os sobreviventes da catástrofe.

As referências da série

A série era repleta de referências a lugares e objetos reais do nosso mundo. Por exemplo, em alguns episódios podemos ver as ruínas da Estátua da Liberdade, do Monte Rushmore, da Torre Eiffel e da Pirâmide de Quéops. Também podemos ver objetos como carros, aviões, trens e armas que foram abandonados ou modificados pelos sobreviventes. Além disso, a série fazia alusões a mitologias, lendas e histórias antigas, como a Atlântida, o Rei Arthur, o Mágico de Oz e o Drácula.

Os criadores da série

A série teve a participação de vários nomes consagrados do mundo dos quadrinhos e da animação. Além de Steve Gerber, que criou a série, podemos citar:

Jack Kirby: o lendário artista que co-criou personagens como Capitão América, Quarteto Fantástico, X-Men e Hulk. Ele foi o responsável pelo design dos personagens e dos cenários da série.

Alex Toth: outro renomado artista que trabalhou em séries como Space Ghost, Jonny Quest e Superamigos. Ele foi o responsável pela direção de arte e pelo storyboard da série.

Martin Pasko: um premiado roteirista que escreveu para séries como Super-Homem, Batman e Mulher-Maravilha. Ele foi o editor de roteiros da série.

Mark Evanier: um escritor e produtor que colaborou com Jack Kirby em vários projetos. Ele foi o roteirista de alguns episódios da série.

Thundarr, o Bárbaro

O legado da série

Thundarr, o Bárbaro foi uma série que marcou a infância de muitas pessoas que cresceram nos anos 80 e 90. Ela foi uma das primeiras séries animadas a apresentar um universo rico e complexo, com personagens carismáticos e histórias empolgantes. Ela também foi uma das primeiras séries a misturar elementos de ficção científica e fantasia, criando um gênero que ficou conhecido como “sci-fantasy”.

A série influenciou outras obras do mesmo gênero, como He-Man e os Mestres do Universo, Thundercats e Bravestarr. Ela também inspirou diversos artistas e fãs a criarem suas próprias histórias em um mundo pós-apocalíptico.

A série foi lançada em DVD nos Estados Unidos em 2010, mas ainda não tem uma versão oficial no Brasil. No entanto, é possível encontrar alguns episódios dublados na internet. A série também tem uma página no Facebook, onde os fãs podem interagir e compartilhar suas lembranças.

Conclusão

Thundarr, o Bárbaro foi uma série animada que fez sucesso nos anos 80 e 90, e que ainda hoje é lembrada com carinho por muitos fãs. Ela foi uma série inovadora e criativa, que combinou ficção científica e fantasia em um mundo pós-apocalíptico. Ela teve a participação de grandes nomes dos quadrinhos e da animação, e deixou um legado para outras obras do mesmo gênero.

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