Grey's Anatomy: 5 razões pelas quais a série não é recomendada para adolescentes

Grey's Anatomy
Grey's Anatomy é uma das séries mais assistidas e aclamadas da televisão, mas será que ela é adequada para o público adolescente? A série, que acompanha os dramas pessoais e profissionais dos médicos do Hospital Grey Sloan Memorial, aborda temas como amor, amizade, família, ética, morte, doença, trauma e diversidade. No entanto, nem tudo o que vemos na tela é realista ou saudável, e alguns aspectos da série podem ser prejudiciais ou enganosos para os jovens espectadores. Neste post, vamos apresentar alguns motivos pelos quais Grey's Anatomy não é uma série boa para adolescentes. Confira!

1. A série não é fiel à realidade médica

Grey's Anatomy é uma obra de ficção, e por isso não tem a obrigação de retratar a medicina com precisão e rigor. No entanto, a série exagera nas situações dramáticas e improváveis que envolvem os médicos e os pacientes. Alguns exemplos são: um acidente de trem que deixa duas pessoas empaladas por uma barra de ferro; um paciente que tem uma bomba dentro do peito; um atirador que invade o hospital e mata vários funcionários; um avião que cai com alguns dos protagonistas a bordo; um furacão que causa estragos na cidade; um incêndio que destrói parte do hospital; e por aí vai. Além disso, a série comete vários erros médicos, como pedir uma ressonância magnética para uma paciente com um garfo no pescoço; fazer uma cirurgia em um cervo no porão do hospital; cortar o fio de um dispositivo cardíaco para conseguir um transplante; entre outros. Essas situações podem passar uma imagem distorcida e fantasiosa da profissão médica para os adolescentes, que podem se iludir ou se decepcionar com a realidade.

Grey's Anatomy
2. A série romantiza relações tóxicas e problemáticas

Grey's Anatomy é conhecida por seus romances intensos e dramáticos entre os médicos, mas nem todos eles são saudáveis ou exemplares. Muitas vezes, a série romantiza relações tóxicas e problemáticas, que envolvem traição, mentira, manipulação, dependência emocional, violência ou abuso. Alguns exemplos são: o relacionamento de Meredith e Derek, que começou como uma traição e teve várias idas e vindas; o casamento de Cristina e Owen, que foi marcado por brigas e incompatibilidades; o namoro de Izzie e Alex, que foi abalado pela volta da ex-esposa dele; o triângulo amoroso entre Callie, Arizona e Mark, que gerou conflitos e ressentimentos; o envolvimento de Jo e Paul, que era violento e abusivo. Essas relações podem passar uma mensagem negativa para os adolescentes, que podem normalizar ou idealizar comportamentos nocivos ou prejudiciais.


3. A série não tem classificação indicativa adequada

Grey's Anatomy é uma série voltada para o público adulto, mas muitos adolescentes assistem sem saber se ela é adequada para a sua faixa etária. A série não tem uma classificação indicativa clara ou uniforme em todos os países ou plataformas onde é exibida. No Brasil, por exemplo, a série é classificada como 14 anos no Disney+, mas era como 16 anos na Netflix. Essa diferença pode gerar confusão ou dúvida nos pais ou responsáveis pelos adolescentes, que podem não saber se a série é apropriada ou não para eles. Além disso, a série contém cenas de sexo explícito, violência gráfica, linguagem imprópria e uso de drogas ou álcool, que podem ser chocantes ou inadequados para os jovens espectadores.

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4. A série não tem diversidade ou representatividade suficientes

Grey's Anatomy é uma série que se propõe a ser diversa e representativa, mas nem sempre consegue cumprir esse objetivo. A série tem personagens de diferentes etnias, orientações sexuais e identidades de gênero, mas muitos deles são estereotipados, marginalizados ou descartados. Alguns exemplos são: a morte de George O'Malley, um dos poucos personagens masculinos sensíveis e gentis da série; a saída de Preston Burke, um dos poucos personagens negros e líderes da série; a demissão de Erica Hahn, uma das poucas personagens lésbicas e cirurgiãs cardíacas da série; a morte de Lexie Grey, uma das poucas personagens com memória fotográfica e inteligência acima da média da série; a morte de Mark Sloan, um dos poucos personagens que evoluiu de um mulherengo para um pai dedicado da série; a saída de Callie Torres, uma das poucas personagens bissexuais e ortopedistas da série; a morte de Derek Shepherd, um dos poucos personagens que equilibrava a carreira e a família da série; a saída de Cristina Yang, uma das poucas personagens asiáticas e cirurgiãs cardiovasculares da série; a morte de Henry Burton, um dos poucos personagens com uma doença crônica e sem formação médica da série; a saída de Stephanie Edwards, uma das poucas personagens negras e sobreviventes de um incêndio da série; a morte de Nathan Riggs, um dos poucos personagens neozelandeses e veteranos de guerra da série; a saída de Arizona Robbins, uma das poucas personagens lésbicas e pediatras da série; a saída de April Kepner, uma das poucas personagens religiosas e traumatologistas da série; a saída de Alex Karev, um dos poucos personagens que superou um passado violento e se tornou um pediatra da série. Essas situações podem passar uma imagem limitada ou injusta da diversidade humana para os adolescentes, que podem se sentir excluídos ou desvalorizados.

5. A série não tem coerência ou continuidade narrativa

Grey's Anatomy é uma série que se estende por mais de 15 anos e mais de 300 episódios, mas nem por isso mantém uma coerência ou continuidade narrativa. A série comete vários erros ou furos na sua história, que contradizem ou ignoram fatos ou eventos anteriores. Alguns exemplos são: a idade de Lexie Grey, que não bate com a cronologia da série; o cabelo de April Kepner, que muda de cor sem explicação; as roupas de Richard Webber, que mudam entre as cenas; o sol da meia-noite na Islândia, que aparece fora do período correto; o fígado de Meredith Grey, que se regenera em tempo recorde; as licenças médicas dos personagens, que nunca são revogadas apesar das infrações cometidas . Esses erros podem passar uma imagem confusa ou inconsistente da história para os adolescentes, que podem se perder ou se frustrar com a falta de lógica ou coerência.

Esses foram alguns motivos pelos quais Grey's Anatomy não é uma série boa para adolescentes. É claro que a série tem seus méritos e qualidades, e pode ser divertida e emocionante para muitos espectadores. No entanto, é importante ter um olhar crítico e consciente sobre o que se assiste, e não se deixar influenciar ou iludir por tudo o que se vê na tela. E você, concorda ou discorda desses argumentos? Deixe seu comentário! Se você quer nos ajudar a continuar produzindo conteúdo de qualidade, envie um pix para momentoverdadeiro@gmail.com. Contamos com você!

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