Deputados pedem CPI para escândalo das joias de Bolsonaro
As joias, avaliadas em 16,5 milhões de reais, foram interceptadas pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos em outubro de 2021. Embora um conjunto tenha sido apreendido por não ter sido declarado à Receita, um segundo conjunto, contendo um relógio, abotoaduras, uma caneta e um masbaha (espécie de rosário), foi entregue diretamente a Bolsonaro em novembro de 2022.
O ex-presidente negou ter pedido ou recebido as joias de forma ilegal, mas um recibo obtido pelo jornal O Estado de São Paulo indica que Bolsonaro recebeu pessoalmente o segundo conjunto de joias.
A Receita Federal decidiu investigar a entrada no país do segundo pacote de joias, enquanto a Polícia Federal abriu um inquérito para apurar o caso do pacote de 16,5 milhões. O advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, afirmou que o ex-presidente agiu dentro da lei e declarou oficialmente os bens de caráter personalíssimo recebidos em viagens.
Esse escândalo reforça a ideia de que Bolsonaro e seus aliados incorreram em diversas tentativas de burlar os procedimentos legais para se beneficiarem de presentes e benefícios pessoais. A abertura da CPI pode trazer à tona outras irregularidades cometidas durante a gestão do ex-presidente.
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