Ataque aéreo israelense mata comandante da Jihad Islâmica em Gaza

Um ataque aéreo israelense matou um importante comandante do grupo militante Jihad Islâmica em Gaza nesta segunda-feira (17), informaram militares israelenses.

A morte de Hussam Abu Harbeed, comandante da divisão norte da Jihad Islâmica, provavelmente provocará uma resposta feroz do grupo militante, enquanto Israel continua com ataques constantes contra os governantes islâmicos do enclave, o Hamas.

Em declaração confirmando que Harbeed foi morto, os militares israelenses disseram que ele "estava por trás de vários ataques terroristas de mísseis antitanque contra civis israelenses".

Os militares afirmaram que esses ataques incluíram um no primeiro dia da atual rodada de combates, que feriu um civil em Israel.

Harbeed foi comandante da Jihad Islâmica por 15 anos, disseram os militares.

Ataques

Nesse domingo (16), um ataque aéreo de Israel na Faixa de Gaza destruiu várias casas e matou pelo menos 42 palestinos incluindo dez crianças, disseram autoridades de saúde, enquanto militantes disparavam foguetes contra Israel. Já são oito dias de combates.

Os militares israelenses disseram que as vítimas civis não foram intencionais. Eles afirmaram que seus jatos atacaram um sistema de túneis usado por militantes, que desabou derrubando as casas.

O Hamas, grupo militante que controla Gaza, chamou isso de "matança premeditada".

Enquanto o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reunia para discutir a pior violência no local em anos, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a campanha de Israel em Gaza continuava com "força total".

"Estamos agindo agora, pelo tempo que seja necessário, para restaurar a calma e a tranquilidade de vocês, os cidadãos de Israel. Vai demorar um pouco", afirmou em discurso transmitido pela TV.

O número de mortos em Gaza saltou para 192, incluindo 58 crianças, disse o Ministério da Saúde, em meio a um intenso ataque aéreo e de artilharia israelense desde o início dos combates na última segunda-feira (10).

Dez pessoas foram mortas em Israel, incluindo duas crianças, disseram autoridades israelenses.

Os ataques antes do amanhecer tiveram como alvo casas no centro da Cidade de Gaza, disseram autoridades de Saúde da Palestina.

"São momentos de horror que ninguém pode descrever. Como se um terremoto tivesse atingido a região", disse Mahmoud Hmaid, pai de sete filhos que estava ajudando as operações de resgate.

No outro lado da fronteira, na cidade israelense de Ashkelon, Zvi Daphna, um médico, cujo bairro foi atingido por vários foguetes, descreveu um sentimento de "medo e terror".

O Exército israelense disse que o Hamas e outros grupos armados dispararam mais de 2.800 foguetes durante o conflito de seis dias.  

O gabinete de Segurança de Israel se reuniu nesse domingo para discutir os próximos passos, no momento em que há esforços diplomáticos que tentam restaurar a paz na região.(Agência Brasil)

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