Filho do presidente Bolsonaro se desculpa por declaração sobre AI-5.

Ola pessoal. Sou Washington Luiz, repórter do canal Notícias do Momento e hoje falo sobre um assunto que ganhou grande repercussão nas últimas horas, que provavelmente, ainda vai dar o que falar por um bom tempo. Ontem, em entrevista à jornalista  Leda Nagle, um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, no caso, Eduardo Bolsonaro, que é deputado federal, acabou mostrando um pensamento muito radical ao dizer que o governo poderia em algum momento apelar para um Ato Institucional, que poderia ser considerado, segundo ele, um novo AI-5

Eduardo Bolsonaro disse isso ao comentar protestos de rua que ocorrem no Chile. Ficou claro que para o filho do presidente, que diga-se de passagem, tem conhecimento da Constituição Federal, uma vez que, é formado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e advogado inscrito na OAB-RJ, caso ocorra uma radicalização da esquerda no Brasil, a resposta poderia ser via um novo AI-5.

Ocorre que mencionar o AI-5 como uma possível solução foi realmente uma ideia muito infeliz e Eduardo Bolsonaro, de certa forma, acabou reconhecendo isso, tanto que ele pediu desculpas, embora, em sua defesa, diz que foi mal interpretado. "Eu peço desculpas a quem, porventura, tenha entendido que estou estudando o retorno do AI-5. Essa possibilidade não existe".

Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, bem como o próprio presidente Jair Bolsonaro, manifestaram-se sobre a declaração de Eduardo. 

O AI-5 foi publicado dia 13 de dezembro de 1968 durante o governo de Costa e Silva. Ele é considerado o mais duro dos atos do período militar - de 1964 a 1985. Pois autorizava o presidente da República a decretar o recesso do Congresso Nacional, das assembleias legislativas e das câmaras de vereadores, cassar mandatos de parlamentares e suspender direitos políticos dos cidadãos. Após a publicação do ato, o presidente Costa e Silva fechou o Congresso Nacional por tempo indeterminado. Segundo registro da Câmara dos Deputados, o Congresso só voltou a funcionar dez meses depois. A justificativa era assegurar a ordem e a tranquilidade no país. Algo, inaceitável hoje, quando a Lei Máxima deste país, a Constituição Federal de 1988, estabelece que vivemos em um Estado Democrático de Direito.

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