Hacker diz que Manuela D'Ávila intermediou contato com jornalista do The Intercept Brasil.
O nome da ex-deputada e ex-candidata a vice-presidente do Brasil Manuela D'Ávila foi citado pelo hacker preso pela Polícia Federal, suspeito da invasão do celular do ministro Sérgio Moro e de outras autoridades. Em depoimento, o hacker, identificado como Walter Delgatti, disse que Manuela foi a intermediária que o colocou em contato com o jornalista do site 'The Intercept Brasil'.
Ouça reportagem completa no vídeo abaixo:
Como, a principio, Manuela não estava acreditando nele. Walter resolveu enviar para ex-deputada uma gravação de áudio de dois procuradores. À Polícia Federal, ele afirmou que todos os acessos às contas das autoridades ocorreram entre março e maio deste ano. A PF identificou dentre os celulares de autoridades alvos de invasão de hackers os aparelhos do presidente da República, Jair Bolsonaro; do deputado Rodrigo Maia; do senador Davi Alcolumbre; do presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, e da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Manuela D'Ávila se pronunciou através de nota divulgada em rede social. Ela confirmou que repassou o contato do jornalista do site The Intercept Brasil a um hacker que invadiu o celular dela. Ela disse que no dia 12 de maio foi comunicada pelo aplicativo Telegram de que o celular dela havia sido invadido no Estado da Virgínia, Estados Unidos. Minutos depois, recebeu mensagem de uma pessoa, que se identificou como alguém inserido na lista de contatos.
O Intercept Brasil também se pronunciou sobre o caso. Em nota divulgada na noite desta sexta-feira, o site informou que não comenta "assuntos relacionados à identidade de suas fontes anônimas". A nota destaca que o sigilo de fonte é direito garantido pela Constituição Federal. Com informações do portal G1.
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