Escolha de novo coordenador técnico da Seleção causa pequena crise entre Tite e CBF.
A escolha do novo coordenador da Seleção Brasileira causou um certo desconforto na comissão técnica. Após a saída de Edu Gaspar, o treinador Tite teria citado alguns nomes como substitutos ideais. Porém, a Confederação Brasileira de Futebol optou por ignorar o atual comandante e colocou o ex-jogador Juninho Paulista no cargo. A escolha não foi criticada abertamente, porém a situação acabou deixando um clima ruim com o treinador da equipe nacional.
Logo que foi escolhido como treinador da Seleção, em 2016, Tite indicou o nome de Edu Gaspar como coordenador técnico. Eles já estavam trabalhando juntos no Corinthians e, por isso, mantinham um bom relacionamento. Porém, uma oferta do Arsenal acabou mudando essa história. Após a conquista da Copa América, Edu comunicou a saída da Seleção Brasileira e acertou contrato com o clube inglês, onde já tinha jogado por quatro anos.
Juninho Paulista foi o nome escolhido para substituir o antigo coordenador. Curiosamente, o meia também tem um histórico com passagem pelo futebol inglês. Ele fez mais de 100 partidas pelo Middlesbrough, tendo três passagens pelo clube entre 1997 e 2004. A escolha, no entanto, não teria agradado Tite. O treinador gostaria de ter escolhido o nome, assim como fez quando chegou em 2016, porém isso não ocorreu e pode ter criado um desgaste interno no staff da Seleção Brasileira.
A CBF optou por escolher alguém já estava na federação, já que Juninho era o diretor de desenvolvimento do futebol da entidade. Em nota oficial, o novo coordenador não citou, em nenhum momento, o nome de Tite e apenas agradeceu a oportunidade dada por Rogério Caboclo, presidente da federação. Um problema interno que chega logo após o título da Copa América e, também, perto das Eliminatórias da Copa.
Foco dentro de campo
Essa pequena crise interna, e ainda pouco falada, vem em um momento positivo. Após conquistar a Copa América com alguns veteranos, a Seleção Brasileira deve passar por alguma renovação nos convocados. Tite viu as atenções aumentarem com o favoritismo do Brasil para o Mundial de 2022. No dia 24 de julho, as bolsas de apostas colocavam a Seleção com 18,2% de chance de título, ficando na frente de França e Alemanha.
Todo esse cenário otimista não vem apenas do título continental, mas também pelo rendimento de alguns jogadores. Sem Neymar, a Seleção viu a dupla Roberto Firmino e Gabriel Jesus trabalhar bem ofensivamente nos jogos, junto com o ponta Everton, principal destaque e artilheiro da Copa América. Além disso, o sistema defensivo sofreu apenas um gol durante toda a competição, e muito graças ao bom trabalho de Alisson como goleiro.
Essas mudanças nos bastidores do Brasil não podem interferir o futuro de Tite e também da comissão técnica. Em março de 2020, a disputa das Eliminatórias da Conmebol vai começar e a qualificação para o Mundial é o primeiro passo para o sonho do hexa. Após a eliminação para a Bélgica em 2018, nas quartas de final, os torcedores brasileiros esperam por algo muito maior maior no Catar.
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