Alunos, pais e funcionários protestam contra municipalização de Ciep Clóvis Tavares.

Ao que tudo indica, o ano letivo este ano será encerrado cercado de dúvidas e incertezas para centenas de alunos e profissionais da Educação do CIEP (461) Clóvis Tavares, no Parque Esplanada, em Campos dos Goytacazes, no Estado do Rio de Janeiro. O motivo não é a falta de professores ou estrutura para os discentes e sim, uma decisão repentina que envolve a troca de gestão, que no próximo ano deverá estar sob a responsabilidade do Município de Campos dos Goytacazes, o processo é conhecido como Municipalização do CIEP. Essa mudança deve impactar diretamente a vida dos alunos, principalmente os do Ensino Médio, etapa final da educação básica, que é de competência do Estado.

Nesta terça-feira, alunos, profissionais da educação, pais e responsáveis participaram de uma manifestação pelas ruas do bairro contra a municipalização do CIEP Clóvis Tavares. E causa preocupação o fato estar ocorrendo a poucos dias do início da renovação de matrícula para 2019 pelo Estado, que não está sendo realizada para os alunos da CIEP devido a questão da eventual Municipalização.

O problema é o modo como o processo está ocorrendo. Em entrevista ao Canal Notícias do Momento, a presidente do Conselho Escolar e Orientadora Educacional relatou como ficaram sabendo que o CIEP seria Municipalizado - "A direção foi convocada para uma reunião na regional e lá tomaram conhecimento de que a escola havia sido solicitada pelo Município e o Estado acatou. Sabe-se que o Ensino Fundamental I e II é de competência do Município, mas o questionamento maior é o Ensino Médio, que é de competência do Estado. Por que tirar nosso Ensino Médio? Não é pretensão do governo estadual implantar o Ensino Médio Profissionalizante? Nós temos estrutura física, temos professores da área, nós comportamos o Ensino Médio Profissionalizante aqui. A nossa luta, nossa reivindicação é essa..."

A Prefeitura de Campos diz que existe um acordo de cooperação entre Estado e Município onde, há anos, o município vem absorvendo as turmas de 6º ao 9º ano de Ensino Fundamental. Em contrapartida, os prédios estaduais são municipalizados.

Representantes da atual gestão do Ensino Fundamental II e Ensino Médio do Clóvis Tavares acionaram o Ministério Público onde esperam reverter a situação.

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