Reconstituição dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.

Na madrugada da última sexta-feira (11), no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro, foi feita a reconstituição dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes.

Antes da reconstituição começar, o delegado titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DH), Giniton Lages, falou sobre o objetivo da polícia ao realizar o procedimento e quatro testemunhas participaram da reconstituição. "Nós não temos imagem do momento em que o crime ocorreu. Então, em investigações com esse problema, a reprodução simulada é uma ferramenta imprescindível. Nós contamos com as testemunhas presenciais. Elas foram localizadas e estão presentes no inquérito, já fazem parte do arcabouço probatório do inquérito. Essas testemunhas voltam ao cenário do crime e é importante, através das percepções auditivas e visuais delas, reconstruir toda a dinâmica do que aconteceu."

A reconstituição teve início as 2:50 e terminou às 4:15, durante o procedimento tiros foram efetuados seis vezes: às 2:50, às 3:10, às 3:30, às 3:48, às 3:56 e às 4:03, o som semelhante a uma buzina era acionado antes, para sinalizar as rajadas que viriam a seguir. 

As armas usadas pelos agentes eram verdadeiras, para que as testemunhas pudessem comparar o som dos tiros da reconstituição com os presenciado no dia dos assassinatos, para terem a confirmação se as vítimas foram executados por uma submetralhadora.

Agentes da Polícia Civil, cerca de 200 homens do Exército e da Polícia Militar, foram mobilizados para a realização da reprodução simulada dos dois homicídios. Também estavam no local agentes da Guarda Municipal e da CET-Rio, porque vias no entorno do ponto onde foi realizada a reconstituição foram interditadas. 

Os bloqueios só foram desfeitos após as 4h15, quando terminou a reconstituição. Na ação, foi utilizado um carro modelo Gol, de cor branca, com características semelhantes ao utilizado pelas vítimas no dia do crime, que ocorreu no último dia 14 de março. O automóvel, após a simulação, estampava marcas de disparos em suas janelas laterais. Sacos de areia, dispostos no local do trabalho dos agentes para absorver o projéteis, também foram retirados pelas equipes.

Após o término da reconstituição, os veículos utilizados e o material foram retirados do local e o tráfego foi totalmente liberado no bairro do Estácio. Os preparativos para a realização da reprodução começaram ainda na manhã desta quarta-feira. Com informações do Extra

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