PMESP mata suspeito de crime considerado estopim da chacina de Osasco

A Polícia Militar de São Paulo matou Thiago Santos de Almeida, suspeito do latrocínio do policial militar Ademilson Pereira de Oliveira, crime que aconteceu em 7 de agosto de 2015 em Osasco (SP). O latrocínio do policial é investigado como causa da chacina ocorrida em 13 de agosto do ano passado e que deixou 19 mortos em Osasco e Barueri (SP), segundo números oficiais.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Militar encontrou o suspeito a partir de uma denúncia anônima. “Ao chegar no endereço informado, o suspeito fugiu pelo telhado e entrou em uma casa da vizinhança. Os PMs pediram que ele se entregasse, mas o rapaz atirou contra eles, que revidaram. O suspeito foi atingido e socorrido no Pronto-Socorro de Santo Amaro, onde morreu”, disse em nota a secretaria.

De acordo com a secretaria, o Setor de Homicídios de Osasco instaurou inquérito para investigar o caso. O 1º Batalhão do Choque (Rota) também abriu Inquérito Policial Militar para apurar a ação. A Corregedoria da Corporação acompanhará o andamento das investigações e, ao final, fará uma auditoria dos autos.

No último dia 12, a Justiça Militar revogou a prisão de quatro policiais militares presos por suspeita de participação na chacina. “As prisões expedidas anteriormente pela Justiça Militar foram revogadas, porque o processo será encaminhado para a Justiça de Osasco”, informou a Corregedoria da Polícia Militar. No entanto, os quatro policiais soltos ficarão sob a responsabilidade da corregedoria, cumprindo expediente administrativo.

No total, sete policiais foram presos no ano passado por suspeita de envolvimento nos crimes. Os demais três PMs continuam presos, segundo a Secretaria de Segurança Pública, porque seus mandados de prisão foram expedidos pela Justiça comum. A secretaria afirmou, ainda, que há um processo administrativo em andamento contra os policiais na Polícia Militar.

Chacina

Na noite dos ataques, ocorridos nas cidades de Osasco e Barueri, 18 pessoas foram mortas. Uma menina de 15 anos, que foi atingida em um deles, morreu em 27 de agosto, após ficar internada em estado grave no Hospital Regional de Osasco, com um ferimento abdominal.

Entre as hipóteses para os crimes, a polícia investiga a vingança pela morte do policial militar Ademilson Pereira de Oliveira, em 7 de agosto em Osasco, e o revide à morte de um guarda-civil, no dia 12 de agosto em Barueri.

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