Boletim da Secretaria de Estado da Saúde do Rio confirma 188 gestantes com zika.
Dos 5.219 casos notificados de gestantes com manchas vermelhas na pele (exantema), segundo boletim divulgado hoje (3) pela Superintendência de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde, 188 tiveram a confirmação do vírus Zika. A secretaria esclareceu, porém, que ainda não há confirmação se os fetos apresentam microcefalia. “É importante deixar claro que o resultado positivo para vírus Zika não configura a existência de microcefalia”, destaca o boletim. Todas as gestantes do estado serão monitoradas até o final da gestação.
O boletim informa também que, no período de 1º de janeiro de 2015 a 27 de fevereiro de 2016, foram confirmados por critérios clínico-radiológicos dois casos de microcefalia no estado, associados a infecções congênitas. Mais 255 casos estão sendo investigados para identificação das causas. Até o dia 25 de fevereiro, 250 casos de microcefalia estavam sob investigação. Os números são consolidados após o cruzamento de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e do Relatório de Emergência em Saúde Pública (Resp), ambos do Ministério da Saúde.
O documento mostra que dos 255 casos notificados, 206 são de bebês nascidos e 49 referem-se ao período intrauterino. Oitenta e sete mulheres relataram histórico de manchas vermelhas pelo corpo ao longo da gravidez. A notificação de gestantes com exantema, em qualquer fase da gestação, é obrigatória desde o dia 18 de novembro do ano passado e deve ser feita por profissionais de saúde no prazo de até 24 horas após a identificação do sintoma.
O boletim esclarece que para atender ao novo protocolo de vigilância do Ministério da Saúde, que considera a microcefalia em bebês com cabeça menor ou igual a 32 centímetros, a Superintendência de Vigilância Epidemiológica reviu todos os casos registrados no Relatório de Emergência em Saúde Pública e excluiu os casos com nascimento até maio de 2015 que não se encontravam dentro da nova definição. A data considera a época do início da circulação do vírus Zika no estado.
Síndrome de Guillain-Barré
O boletim informa ainda que, embora não seja possível estabelecer uma correlação entre o vírus Zika e a Síndrome de Guillain-Barré, é efetuado o monitoramento de casos de complicação neurológica pós-infecção por Zika, atendendo a recomendação do Ministério da Saúde. Segundo o documento, desde julho de 2015 foram notificados 47 casos da síndrome no estado do Rio de Janeiro. No boletim de 25 de fevereiro, o número de casos foi 43.
Do total de 47 casos notificados, 20 apresentam relato de manchas vermelhas na pele, considerado o principal sintoma da infecção pelo vírus Zika, e continuam em investigação, enquanto 24 casos aguardam resultados de exames laboratoriais e três casos foram descartados por não apresentarem quadro clínico compatível.
A Secretaria de Estado de Saúde informa que a Síndrome de Guillain-Barré é uma doença neurológica, cujo principal sintoma é a fraqueza muscular generalizada que, em casos mais graves, pode causar a paralisia da musculatura respiratória. A doença foi relacionada à infecção pelo vírus Zika depois da epidemia registrada na Polinésia Francesa. Ali, o número de casos da síndrome aumentou cerca de 20 vezes. No estado do Rio de Janeiro, a notificação foi tornada obrigatória desde julho do ano passado.
Fonte: Agência Brasil.
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