ONU denuncia 50 mortos em ataques com mísseis em hospitais e escolas na Síria.
As Nações Unidas (ONU) denunciaram hoje (15) que disparos de mísseis “mataram perto de 50 civis, incluindo crianças” em “pelo menos” cinco estabelecimentos médicos e duas escolas em Alepo e Idlib (Norte da Síria).
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, considera estes ataques como “violações flagrantes do direito internacional”, acrescentou o porta-voz adjunto das Nações Unidas, Farhan Haq.
Haq acrescentou que, para Ban Ki-moon, estes ataques – que tem entre os hospitais atingidos um apoiado pelos Médicos Sem Fronteiras – “lançam uma sombra nos compromissos do Grupo de Apoio Internacional à Síria” no decurso da recente reunião de Munique, na Alemanha.
Os protagonistas do conflito sírio, incluindo a Rússia e Estados Unidos, concluíram na necessidade de estabelecer um cessar-fogo na Síria e acelerar o envio de ajuda humanitária. “É necessário traduzir estes compromissos em atos”, afirmou o porta-voz.
Haq não atribuiu a responsabilidade dos disparos de mísseis, mas uma organização não governamental síria tinha considerado anteriormente que seriam “provavelmente russos”.
Por sua vez, os Médicos Sem Fronteiras anunciaram que pelo menos sete pessoas foram mortas e oito estão desaparecidas após os disparos contra um hospital sírio que o grupo apoia na região de Maaret al-Noomane, 280 quilômetros a norte de Damasco.
Em comunicado, o diretor executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Anthony Lake, também se manifestou “consternado pelas informações sobre ataques aéreos contra quatro estabelecimentos médicos na Síria", dois deles apoiados por esta agência da ONU.
Ainda segundo o comunicado, dois dos ataques ocorreram na cidade rebelde de Azaz e mais dois em Idlib, onde um hospital teria sido atingido quatro vezes.
No total, recorda a Unicef, um terço dos hospitais e um quarto das escolas na Síria não podem funcionar devido aos estragos provocados pela guerra, que se prolonga desde 2011 e de que segundo diversas projeções provocou entre 250.000 e 460.000 mortos.
Via Agência Lusa.
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