Justiça condena 13 policiais por tortura e morte de Amarildo.
A Justiça do Rio de Janeiro condenou 13 dos 25 policiais militares acusados da tortura e morte do pedreiro Amarildo de Souza. Todos deverão ser expulsos da corporação. O crime ocorreu em julho 2013, na Favela da Rocinha, zona sul da capital.Cabe recurso da sentença.
O que recebeu a maior pena é o ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha major Edson Santos, condenado a 13 anos e sete meses de prisão pelos crimes de tortura e ocultação de cadáver.
Para a juíza Daniella Alvarez Prado da 35ª Vara Criminal, ainda que o major não tenha efetivamente colocado as mãos em Amarildo, ele foi o mentor intelectual da tortura que teve como resultado a morte. Segundo a magistrada, o ex-comandante Teve o domínio do fato, Fomentou e possibilitou que tudo ocorresse.
A segunda maior punição recaiu sobre o soldado Douglas Roberto Vital Machado: 11 anos e seis meses, pelos crimes de tortura e ocultação de cadáver.
Outro condenado é o tenente Luiz Felipe Medeiros, subcomandante da UPP na época do desaparecimento. Outros sete soldados também foram condenados pela Justiça a 10 anos e quatro meses de reclusão.
Duas policiais receberam pena de nove anos e quatro meses cada uma. O décimo terceiro réu, o soldado Victor Vinicius Pereira da Silva, morto no ano passado teve a punição extinta.
O advogado João Tancredo, que auxilia a família de Amarildo, disse que a condenação é um reconhecimento da morte do pedreiro pelo estado.
O caso ocorreu em julho de 2013, quando o então comandante da UPP, major Edson Santos, determinou que os policiais de sua unidade localizassem suspeitos de ligação com a venda de drogas na comunidade e duurante a ação, os policiais receberam a informação de que Amarildo de Souza "estaria com as chaves do paiol do tráfico".
O pedreiro então foi detido e levado para a base da UPP. Ali, segundo a Justiça, sob as ordens dos dois oficiais da UPP, Amarildo foi torturado e morto por um grupo de policiais, enquanto outros faziam a vigilância do entorno da base. Depois da morte, os policiais ocultaram o corpo que até hje não foi encontrado.
Fonte: Rádio Agência Nacional.
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