Petroleiros decidirão em assembleias se acatam indicação da FUP de acabar greve.
Brasil - Os 12 sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) decidem em assembleias se seguem a indicação do Conselho Deliberativo da entidade de aprovação da proposta apresentada pela Petrobras na quarta-feira (11), que prevê reajuste de 9,53% nas tabelas salariais e em outras parcelas remuneratórias, além da permanência dos demais benefícios e vantagens do atual acordo. A proposta inclui ainda a criação do grupo técnico, com representantes da Petrobras e da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e dos sindicatos.
De acordo com a FUP, a greve, considerada histórica forçou a Petrobras a aceitar as propostas, que ela e seus sindicatos tentaram por mais de 100 dias negociar com a direção da companhia. A entidade acrescentou que a decisão de indicar o fim da greve ocorreu após a petroleira formalizar documento com os pontos que foram discutidos.
“A gente vai ver quantos sindicatos ficaram na greve para poder dar algum segmento, se for o caso, ou se a totalidade aprovou o indicativo. Isso vai ter que ser acompanhado par e passo, porque não há um sindicato único”, disse.
Brêda lembrou que os sindicatos são autônomos e individuais e, por isso, podem ter decisões diferentes. “A federação é uma forma de negociar de forma conjunta, mas os sindicatos são autônomos. Podem acontecer vários cenários nesta história”, explicou.
Para o sindicalista, são importantes os avanços obtidos na discussão da FUP, porque foram abertos os canais com a Petrobras para debater os rumos da companhia. “Isso foi conquistado com a comissão que terá o prazo de 60 dias e, outra coisa, foi não perder direitos, então, eu tenho o entendimento de que há elementos importantes para fazermos a aceitação da proposta na linha de manter a categoria mobilizada para poder, se houver necessidade, retomar a paralisação”, disse.
A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), no entanto, manifestou a disposição de manter a greve, pelo menos até a próxima quarta-feira (18), quando vão ocorrer as respostas das assembleias dos cinco sindicatos filiados à entidade se aceitaram a proposta da Petrobras. “A proposta tem uma rejeição muito grande da base. Está faltando aumento real, está faltando a questão dos dias parados e das punições”, afirmou o secretário-geral, Emanuel Jorge Cancella.
A Petrobras informou nessa sexa-feira que está mantida a proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho 2015, apresentada na quarta-feira (11).
[ Via Agência Brasil ]
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