Mulheres passaram a recorrer à tecnologia para combater o assédio.
Tecnologia - As mulheres já estão recorrendo à tecnologia para combater o assédio sexual. De aplicativo a “computador vestível”, as invenções vêm unindo uma legião de admiradores, que chegam a doar altas quantias para vê-las funcionando. “As estatísticas de violência contra as mulheres são assustadoras, e se tornou evidente que nada que existia no mercado eram ferramentas de que as mulheres realmente precisavam”, afirmou Yasmine Mustafa, presidente-executiva da empresa Roar for Good.
Depois de encabeçar o movimento “Vamos Juntas?”, que incentiva mulheres a andarem juntas para afastar o assédio, a gaúcha Babi Souza, de 24 anos, quer levar a ideia para o mundo dos celulares. Com a ajuda de uma empresa, ela desenvolve um aplicativo que servirá como uma espécie de “Waze do abuso”.
Nele, as mulheres são convidadas a relatar ameaças encontradas pelos caminhos que percorrem – da falta de iluminação a homens que frequentemente as assediam na rua. A partir daí, quando uma rota for traçada, os possíveis itinerários serão acompanhados das fontes de assédio que possuírem. A expectativa é que o app chegue a celulares Android e iOS em janeiro de 2016.
Outra iniciativa é a da estudante paulista Catharina Doria, de 17 anos. Ela usou o dinheiro com que pagaria sua viagem de formatura para custear a criação do “Sai Pra lá”. O app mapeia as manifestações de assédio sexual contra mulheres, da buzinada a contatos físicos.
Apps e aparelhos recebem dinheiro de apoiadores em 'vaquinhas na web'.
Depois de estrear na primeira semana de novembro, o “Sai pra lá” foi inundado por acessos, o que sobrecarregou seus servidores. Na hora do rush, por volta das 18h, recebia 250 envios. Para melhorar a infraestrutura do app, Catharina iniciou uma campanha de financiamento coletivo na internet. Com 54 dias para o fim, já arrecadou 112% da meta inicial, de R$ 5 mil.
O Athena também é desenvolvido com dinheiro arrecadado online. A pouco mais de dez dias para o fim da campanha, o projeto já recebeu cinco vezes o valor estipulado, de US$ 40 mil. “Nós queríamos criar algo que atendesse às necessidades da mulher moderna ao mesmo tempo que fosse uma ferramenta contra o abuso”, diz Yasmine.
[ Fonte: G1 ]
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