Greve dos rodoviários em Campos - Rosinha Garotinho acusa empresários.
Campos dos Goytacazes - Rodoviários de várias empresas paralisaram as atividades na manhã desta terça-feira (24). O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Cargas e Passageiros, Roberto Virgílio, disse que os funcionários estão com o salário atrasado desde o último dia 9, o quinto dia útil do mês para os trabalhadores. O presidente ressaltou ainda que os atrasos tem sido constantes e que no mês de outubro, os trabalhadores receberam o salário com 30 dias de atraso. “É uma vergonha e uma covardia o que essas empresas estão fazendo com os trabalhadores”, criticou Virgílio.
Em entrevista, a prefeita Rosinha Garotinho (PR) falou sobre a greve dos rodoviários. “Se eles não implementaram o sistema de bilhetagem é porque querem que a passagem social acabe. A greve é por irresponsabilidade das empresas de ônibus por não cumprirem o edital de licitação e não implementar a bilhetagem. Nós implantamos a passagem e financiamos ônibus novos e ele não colocaram todos os ônibus nas ruas até agora. Achamos um desrespeito esta paralisação sem ser comunicada a todos com antecedência. Pra mim, está claro que as empresas de ônibus querem acabar com a passagem a R$ 1”, disse a prefeita.
A 2ª Vara do Trabalho de Campos dos Goytacazes reconheceu o abuso da paralisação dos rodoviários, e determinou que pelo menos 40% dos ônibus estejam em circulação a partir desta quarta-feira (24), para assegurar os serviços básicos de transporte coletivo, conforme ação cautelar proposta pela Procuradoria Geral do Município. Em sua decisão, a juíza Aline Souza Tinoco Gomes de Melo preconizou, que “considerando que o transporte coletivo é serviço essencial à comunidade, nos termos do artigo 10, V, da Lei 7.783/89, deverão os Sindicatos requeridos observarem o mínimo de serviços necessários a garantir a continuidade da prestação do serviço de transporte público necessária ao atendimento da comunidade usuária”. A juíza determinou aos sindicatos tanto das Empresas de Ônibus, quanto dos Rodoviários, que assegurem 40% da frota para atender à população, “(…) a fim de não inviabilizar o movimento nem causar transtornos para a população ou para aqueles que não desejam integrar o movimento”. Com informações da Folha da Manhã e G1.
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