“Lula não vai me calar”, diz comentarista processado pelo ex-presidente.

Na tarde de terça-feira, 15, o Instituto Lula veiculou texto afirmando que o ex-presidente moveu queixa-crime contra o historiador e comentarista político Marco Antonio Villa. Segundo as informações, Lula considerou que o profissional da TV Cultura e da Jovem Pan fez "afirmações caluniosas" durante o programa de 20 de julho do 'Jornal da Cultura - 2ª Edição'. "Lula não vai me calar", publicou o analista em seu perfil no Twitter.

Para justificar o texto protocolado na Justiça Estadual de São Paulo, a defesa do petista afirmou que o comentário do historiador se trata de calúnia, injúria e difamação. “Essas afirmações foram emitidas sem qualquer elemento que pudesse respaldá-las. Nesse contexto, verifica-se que o querelado (Villa) passou longe de qualquer comentário jornalístico ou do dever de informar, e promoveu descabidos e rasteiros juízos de valor sobre o querelante (Lula) e, ainda, fez afirmações mentirosas sobre sua trajetória política, conduta e identidade”.

O comentário de Villa na Cultura foi o seguinte: "Como sempre digo, o presidente Lula mente. Ele é o réu-oculto do mensalão e o chefe do petrolão. Quem está dizendo sou eu! Ele organizou todo o esquema de corrupção. Ele é o chefe da quadrilha. Tem de dizer. A política tem de entrar no processo. Só chegamos a essa situação porque tivemos um presidente como ele. Lula está sendo, finalmente, investigado. Poxa vida, Lula, se você está me assistindo aí em São Bernardo, no seu duplex, finalmente a Justiça vai se debruçar em crimes cometidos por Luiz Inácio Lula da Silva. Isso é importante. Lula está sendo acusado por tráfico de influência e transação comercial internacional. Ele fez, sim, tráfico de influência em Portugal e Cuba".

Após saber do processo, o comentarista da Cultura divulgou nota sobre o caso. "Lula quer me intimidar. Vai perder seu tempo. Não darei um passo atrás. Continuarei combatendo o 'projeto criminoso de poder', sábia definição do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, em um dos votos do processo do mensalão. Tenho por princípio defender os valores republicanos. Vou continuar nesta luta. Nada vai me calar. Vivemos uma quadra histórica decisiva para o Brasil. A hora não é dos fracos. Não tenho medo. Confio na Justiça do meu país”.

Fonte: Comunique-se.

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