Empresários questionam Moro se prisão de Lula 'é questão de tempo'.
São Paulo. Na última quinta-feira (24), empresários, que participavam de um evento que reuniu cerca de 600 convidados no LIDE (Grupo de Líderes Empresariais), perguntaram ao juiz federal Sérgio Moro, da Lava Jato, se a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era uma 'questão de tempo'.
"Dr. Sérgio, várias perguntas sobre um mesmo tema e um mesmo personagem: Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil", disse o empresário João Dória Junior, presidente do LIDE e pré-candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSDB. "Diante do que os autos indicam pode-se afirmar que a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é uma questão de tempo?", emendou Dória, lendo perguntas que lhes foram encaminhadas pelos empresários.
(Sérgio Moro participou de debate em São Paulo. Foto: Estadão) |
O juiz Sérgio Moro assim respondeu: "Eu não falo sobre o que acontece ou não acontece na investigação para o futuro e acho que este tipo de pergunta deveria ser feita em relação a vários outros personagens tanto dentro da investigação, quanto fora da investigação. É o tipo de pergunta que não tem nem como começar a responder."
De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, Lula não é investigado na Operação Lava Jato, mas antigos aliados seus, quadros históricos do PT, como José Dirceu (ex-ministro-chefe da Casa Civil) e João Vaccari Neto (ex-tesoureiro do partido) foram presos por ordem de Moro.
Lula não é investigado, mas há duas semanas a Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para ouvir o ex-presidente no inquérito principal.O Instituto Lula informou que não se manifestará.
A Lava Jato investiga um esquema de corrupção e propina que teria se instalado na Petrobras entre 2004 e 2014. A força-tarefa do Ministério Público Federal sustenta que o mesmo grupo que atuou na companhia petrolífera teria alcançado seus tentáculos por outras estatais, inclusive, ministérios. Para os procuradores, a Lava Jato apura um esquema de compra de apoio político para o governo federal através de corrupção. Leia a reportagem na íntegra no site do Estadão.
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