Nº de alunos internados após intoxicação no ABC sobe para 41.

Número de alunos internados após intoxicação no ABC sobe para 41. Os alunos do Colégio Jatobá, uma escola particular que fica em Santo André, passaram mal, com quadro de náusea, febre e diarreia, e foram internadas em hospitais da região. O novo balanço foi divulgado nesta segunda-feira (24) pelo telejornal Bom Dia São Paulo, a partir de informações da Prefeitura de Santo André. Até o sábado (22), 13 ainda estavam internadas. Cinco foram encaminhados à Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Ainda não há um diagnóstico exato sobre o caso. A Secretaria de Saúde de Santo André disse que houve um surto de gastroenterite ocorrido apenas entre as crianças do colégio e que é restrito à referida escola, não havendo casos semelhantes fora do colégio. O resultado dos exames para verificação do agente causador da doença ainda são desconhecidos.

Algumas crianças fazem as refeições na escola. Outras, levam a comida de casa. A advogada da escola, Ana Paula Carneiro da Costa, disse que Vigilância Epidemiológica coletou amostras de água e de alimentos no local.

Segundo ela, a análise será feita pelo Instituto Adolfo Lutz. Os resultados da amostra de água devem ser divulgados até terça-feira (25) e, dos alimentos, até quarta (26).

Internações
Três crianças internadas no Hospital Brasil, em Santo André, estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo que um garoto de 8 anos está em estado grave. Ele passou por cirurgia, segundo a família. O restante dos alunos foram levados para outros hospitais de Santo André e São Paulo.

A direção do Colégio Jatobá, onde as vítimas estão matriculadas, divulgou uma nota de esclarecimento na sexta-feira (21) falando de “virose, infecção intestinal e bactéria muito agressiva” dos alunos. O comunicado também diz que o “colégio encontra-se com todas as documentações administrativas na mais completa regularidade e à disposição dos senhores [pais] para eventuais consultas”.

Investigação

A Vigilância Epidemiológica e Sanitária de Santo André está acompanhando o caso. As equipes do órgão estiveram no local e coletaram amostras de alimentos servidos aos alunos e de água para análise.
A Secretaria de Saúde de Santo André informou que houve um surto de gastroenterite ocorrido apenas entre as crianças do colégio e que é restrito à referida escola, não havendo casos semelhantes fora da instituição mencionada.

O órgão disse que até sexta-feira, cerca de 25 crianças, entre 4 e 9 anos, foram atendidas em hospitais de Santo André. Destas, 13 foram internadas na rede hospitalar da cidade – dez em observação e três na UTI. Os resultados dos exames para verificação do agente patológico causador da doença ainda não são conhecidos.

A Vigilância Epidemiológica e Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde foi acionada em razão de alunos residirem em outras cidades. O órgão municipal orienta que, caso alguma criança do colégio apresentar sintomas parecidos, sejam comunicados à GVE (Gerência de Vigilância Epidemiológica) pelo telefone (11) 4994-3886.

Em uma gravação aos pais, a escola informa que fará uma higienização intensa no local. A advogada da instituição, Ana Paula Carneiro da Costa, disse que a proprietária do colégio, Maria Cecília Murzynowski, passou mal na sexta-feira em decorrência da preocupação com o ocorrido. 

Estado de saúde

Douglas Marin Maria, 56 anos, avô do menino Caio, de 8 anos, que passou mal, disse ao G1 que o neto está internado. O neto dele é o que está em estado grave. “Ele está na UTI do Hospital Brasil, entubado. Meu neto passou por uma cirurgia e fez uma bateria enorme de exames, mas até agora não temos o diagnóstico.”

Segundo ele, o neto começou a passar mal na terça-feira (18). “Meu neto teve diarreia forte, passou pelo médico e foi liberado. Pouco tempo depois voltou a passar mal, passou por médico novamente e foi internado na UTI.”

Ainda de acordo com a nota do Colégio Jatobá, a instituição informa que segue os “protocolos disciplinares no que concerne à higiene, alimentação e segurança de nossos alunos e funcionários.” 

A nota ainda cita a ausência de um surto e que o “universo estudantil do colégio conta hoje com 400 alunos e quase 70 funcionários” e que “apenas em torno de 25 crianças apresentaram os sintomas de diarreia, vômito, náusea ou febre.”

O colégio ainda pede tranquilidade aos pais e que “não medirá esforços para compreender a proveniência de tal bactéria e a sua forma de infestação”. A instituição informa que pediu orientação à Vigilância Sanitária sobre o ocorrido e que contratou uma consultoria na área de infectologia para ajudar na elucidação do caso.

Leia outras notícias sobre Educação (aqui) e Saúde (aqui).

Fonte: g1.globo.com

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