Metalúrgicos da Mercedes-Benz aprovam programa que reduz salários e jornada.
Em assembleia na manhã de hoje (15), cerca de 1,5 mil trabalhadores da unidade da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, decidiram que o sindicato da categoria negocie com a montadora adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Entretanto, afirmaram que não aceitarão medidas que impliquem em demissões.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Sérgio Nobre, a Mercedez informou a intenção de promover demissões a partir do próximo dia 1º de setembro. Para que isso não ocorra, a adesão ao PPE passou a ser uma alternativa que, para o líder sindical, é suficiente para estancar qualquer iniciativa de cortes.
O PPE foi assinado pela presidenta da República, Dilma Rousseff, no dia 6 de julho, com o objetivo de preservar empregos em períodos de crise. Criado para durar seis meses e com a possibilidade de prorrogação por mais um semestre, o programa prevê a redução em até 30% da jornada de trabalho. Metade das horas não trabalhadas será custeada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Durante a vigência do programa, e até dois meses após esse período, as empresas não poderão demitir os trabalhadores que tiverem jornada reduzida.
(Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil).
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