Coca Cola estaria patrocinando estudos que desvalorizam riscos da má alimentação.
Será que a Coca Cola, uma das maiores produtoras de refrigerantes do mundo, está mesmo financiando estudos, considerados controversos, para combater a obesidade? De acordo com um artigo do jornal 'New York Times', a empresa está sendo acusada de patrocinar pesquisas que dizem ser mais importante fazer exercício do que cortar calorias para manter um peso saudável.
Cientistas dos Estados Unidos acreditam que é o sedentarismo, e não a má alimentação, o principal responsável pela obesidade. Segundo o "New York Times", para fornecer apoio logístico e financeiro a estes investigadores, a empresa apoia uma organização sem fins lucrativos, chamada Global Energy Balance Network, que tem promovido a ideia de que os americanos preocupados com um estilo de vida saudável estão mais fixados nas quantidades de comida e bebida que ingerem, quando deviam realmente preocupar-se com o exercício físico.
Reduzir o consumo de refrigerantes
Para reduzir o consumo de refrigerantes, assim como acontece com o tabaco em vários países, algumas comunidades médicas e científicas se mostram favoráveis a aplicação de mais taxas sobre os refrigerantes. Em Portugal, por exemplo, o diretor do Programa Nacional para a Diabetes defende que as bebidas com elevado teor de açúcar devem ter uma referência aos malefícios que provocam, "tal como acontece para o tabaco e devia existir para o sal".
"Estas medidas visam limitar o consumo de bebidas e outros alimentos açucarados aos menores de idade, impondo limitações também nos anúncios dirigidos às crianças", disse José Manuel Boavida, diretor do Programa Nacional para a Diabetes.
Para Michele Simon, advogada especialista em saúde pública, a estratégia da Coca Cola é uma "resposta direta" às perdas da companhia.A Coca Cola fez um investimento substancial na nova associação sem fins lucrativos: só no ano passado, para formalizar a Global Energy Balance Network , a empresa deu 1,5 milhões de dólares. Com informações do New York Times e Correio do Estado.
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