Pesquisa mostra redução de 11 mil empregos no setor de açúcar em 2015.
A pesquisa socioeconômica Raio X da Alimentação, da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins), registra uma redução de 11 mil postos de trabalho no setor de açúcar, no primeiro trimestre deste ano, repetindo uma situação ocorrida no ano passado, quando foram fechadas 30 mil vagas na indústria açucareira.
Para o presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo, os resultados da pesquisa preocupam, porque o governo começou a tomar as medidas para segurar os empregos muito tarde, pois os empregados que já foram demitidos não voltarão para os postos de trabalho: “Nós não estamos vendo nenhuma política de reversão desse quadro. Quando se fecham as portas de uma usina de açúcar, por exemplo, não são só os empregos diretos que sofrem as consequências, são os indiretos também”.
Segundo Camargo, os sindicatos ligados à categoria estão cobrando do governo uma política para reverter o quadro, que é considerado crítico. “Se não for feita alguma coisa, teremos um dos maiores índices de desemprego do país. Temos um índice de desemprego alto, inflação subindo e o desânimo, tanto dos trabalhadores quanto dos empresários. Isso é a pior coisa. E qualquer coisa que o governo fizer não terá sustentação porque não se acredita mais nele.”
No sentido oposto ao setor do açúcar, aparece o de frigoríficos, que em 2014 havia criado 18 mil vagas e nos três primeiros meses deste ano criou mais 8 mil. Em 2013, a indústria da alimentação, como um todo, teve um aumento de 60 mil vagas, o que representa uma elevação de 3,7% com relação ao ano anterior.
O quadro encontrado pela pesquisa é explicado pelo economista Paulo Alexandre de Moraes, do Departamento Intersindical de Economia e Estudos Socioeconômicos (Dieese), responsável pelo estudo: “O crescimento é algo que acompanha a economia do mercado interno porque o setor ainda é bastante baseado no consumo interno. Vemos alguns setores tentando se descolar dessa conjuntura econômica negativa, como o de frigoríficos”.
Segundo os dados, o crescimento do setor não foi homogêneo, e a maior geração de empregos ocorreu na área de abate de suínos, aves e outros pequenos animais, com 885 das novas vagas em 2014. Em 2015 os números também são positivos, chegando a 8.169 novos vínculos, mas enquanto o abate de suínos gerou 8.567 empregos, o de rezes fechou 884 postos de trabalho.
O economista assinala que os dados observados ultimamente indicam que o futuro reserva mais retração para o setor. “Nada sinaliza para uma recuperação do emprego. O setor do açúcar deve continuar com emprego muito fraco, mesmo com o começo da safra da região sudeste. O frigorífico deve continuar crescendo, muito embalado pela exportação, e o consumo interno deve continuar muito fraco, o que impacta o setor da alimentação”.
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Fonte: Agência Brasil.
Para o presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo, os resultados da pesquisa preocupam, porque o governo começou a tomar as medidas para segurar os empregos muito tarde, pois os empregados que já foram demitidos não voltarão para os postos de trabalho: “Nós não estamos vendo nenhuma política de reversão desse quadro. Quando se fecham as portas de uma usina de açúcar, por exemplo, não são só os empregos diretos que sofrem as consequências, são os indiretos também”.
Segundo Camargo, os sindicatos ligados à categoria estão cobrando do governo uma política para reverter o quadro, que é considerado crítico. “Se não for feita alguma coisa, teremos um dos maiores índices de desemprego do país. Temos um índice de desemprego alto, inflação subindo e o desânimo, tanto dos trabalhadores quanto dos empresários. Isso é a pior coisa. E qualquer coisa que o governo fizer não terá sustentação porque não se acredita mais nele.”
O quadro encontrado pela pesquisa é explicado pelo economista Paulo Alexandre de Moraes, do Departamento Intersindical de Economia e Estudos Socioeconômicos (Dieese), responsável pelo estudo: “O crescimento é algo que acompanha a economia do mercado interno porque o setor ainda é bastante baseado no consumo interno. Vemos alguns setores tentando se descolar dessa conjuntura econômica negativa, como o de frigoríficos”.
Segundo os dados, o crescimento do setor não foi homogêneo, e a maior geração de empregos ocorreu na área de abate de suínos, aves e outros pequenos animais, com 885 das novas vagas em 2014. Em 2015 os números também são positivos, chegando a 8.169 novos vínculos, mas enquanto o abate de suínos gerou 8.567 empregos, o de rezes fechou 884 postos de trabalho.
O economista assinala que os dados observados ultimamente indicam que o futuro reserva mais retração para o setor. “Nada sinaliza para uma recuperação do emprego. O setor do açúcar deve continuar com emprego muito fraco, mesmo com o começo da safra da região sudeste. O frigorífico deve continuar crescendo, muito embalado pela exportação, e o consumo interno deve continuar muito fraco, o que impacta o setor da alimentação”.
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Fonte: Agência Brasil.
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