FAB diz que helicóptero com filho de Alckmin tinha controles desconectados.
No dia 2 de abril, o helicóptero caiu em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Além do caçula de Alckmin, morreram o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, de 53 anos, e os mecânicos Paulo Henrique Moraes, de 42, Erick Martinho, de 36, e Leandro Souza, de 34.
Veja a íntegra da nota divulgada pela FAB:
CENIPA informa sobre as investigações do helicóptero PP-LLS
Quanto à investigação do acidente com o helicóptero de matrícula PP-LLS, ocorrido no dia 2 de abril, em Carapicuíba-SP, conduzida pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), este Centro de Comunicação Social (CECOMSAER) informa:
1- Segundo exame dos destroços, os danos encontrados nos motores, transmissão principal e de cauda, pás do rotor principal e de cauda e demais componentes da aeronave foram consequências e não causas da queda.
2- Controles flexíveis (ball type) e alavancas (bellcranck) – dois componentes fundamentais para o piloto controlar a aeronave em voo – estavam desconectados antes da decolagem.
3- A Comissão de Investigação estuda a documentação da aeronave e dos serviços realizados pelas empresas de manutenção.
4- O voo do dia 2 de abril foi o primeiro do PP-LLS após quase dois meses de intervenções previstas de manutenção.
5- Até o momento, as evidências apontam que o comandante estava pilotando a aeronave em todas as fases do voo.
6- Os investigadores analisam ainda os componentes eletrônicos da aeronave, com apoio dos representantes acreditados designados pelo BEA (Bureau d´Enquêtes et d´Analyses), órgão francês de investigação.
7- Pelo fato de a investigação estar em andamento, ainda não é possível apontar conclusões acerca dos fatores contribuintes que desencadearam o acidente.
8- É importante ressaltar que os acidentes aeronáuticos não ocorrem por uma causa isolada, mas por uma série de fatores contribuintes encadeados.
9- Por fim, o objetivo principal da investigação é identificar os fatores contribuintes que gerarão recomendações de segurança, completando assim o ciclo da prevenção de acidentes.
Brasília, 02 de junho de 2015.
Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica
LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DA HELIPAK:
A respeito da nota emitida pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica sobre o acidente com a aeronave prefixo PP-LLS, ocorrido no dia 2 de abril de 2015, o Helipark esclarece que:
1 – Causa estranheza que, mesmo antes da conclusão das investigações, a FAB faça afirmações sobre o acidente, o que não é comum nesse tipo de investigação sempre pautada pela cautela.
2 – A própria nota da FAB diz que os controles flexíveis e alavancas são “fundamentais para controlar a aeronave em voo”. Portanto, como afirmar que o helicóptero decolou e voou mesmo com esses componentes desconectados?
3 – A aeronave realmente ficou cerca de dois meses parada aguardando reparos nas pás, serviço esse de responsabilidade da Helibras, que, aliás, até agora não foi sequer procurada pelas autoridades policiais que investigam o caso.
4 – É impossível afirmar que o comandante esteve pilotando a aeronave em todas as fases do voo.
5 – O que se sabe é que, de acordo com as regras de voo, Thomaz Alckmin não poderia estar dentro do helicóptero, principalmente sentado na posição do copiloto, com o duplo comando da aeronave instalado.
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