Relatos de mulheres que são vítimas de abusos em transportes coletivos estão virando rotina nas capitais brasileiras. Esses casos precisam ser tratados com mais rigor para coibir a ação destes mal-intecionados. Isso é obrigação da empresa que oferece o serviço, pois quem oferece esse tipo de serviço também deve garantir a segurança de seus usuários (os clientes que pagam passagem). Também cabe ressaltar que o transporte coletivo é de responsabilidade do Estado que tem obrigação de garanti-lo, seja de forma direta ou indireta.
É fato que alguma coisa precisa ser feita para impedir que as pessoas sejam vítimas desses idiotas, para que esses abusos não sejam apenas destaques em capas de jornais e sites de notícias.
Na noite desta quarta-feira (27.05), uma
jornalista sofreu abuso em um vagão lotado do
metrô de São Paulo, por volta das 19h30, na linha sentido Corinthians-Itaquera. Ao portal R7.com, a jornalista disse que o abuso aconteceu entre a estação Brás e Bresser-Mooca e como o espaço estava muito lotado ninguém percebeu. — Minha calça vai para máquina de lavar, mas e a minha dignidade?, desabafou a repórter, que só notou o abuso ao deixar o vagão.
Veja como são as coisas, a jornalista relatou que, desesperada, procurou um funcionário do metrô em busca de ajuda. No entanto, todas as alternativas que recebeu transferiram a responsabilidade para ela. — Ele me dizia que não tinha o que fazer. Que EU deveria ter gritado, que EU deveria ter feito alguma coisa e se EU tivesse me manifestado, os próprios passageiros me ajudariam. Fiquei pensando em que momento o Metrô faria alguma coisa. Nada mais aconteceu, comentou sobre a ação.
— Perguntou se eu morava perto, eu disse que sim. E só. Nada de registro, nada de boletim de ocorrência, como se nada tivesse acontecido, completou. Resumindo, o funcionário do Metrô não sabia como proceder diante da situação
Nojo.
A repórter falou que chegou a olhar para o homem, mas que ele acabou embarcando em outro vagão.
— Não notei nada até a porta estar prestes a se abrir e o barulho da movimentação intercalar com a respiração ofegante dele atrás de mim. Saí do vagão olhando para trás, desconfiada, e ele também saiu e me olhou, disse.
— Foi quando meus pés tocaram a escada rolante que senti parte da minha calça esquentar. Quando coloquei a mão nela, notei que ela estava molhada. A palavra era nojo, descreveu.
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Metrô
O Metrô declarou, em nota, que a repórter fez o correto em procurar um dos agentes para fazer a denúncia, mas explica que o funcionário a orientou de maneira errada ao dizer que "nada poderia ser feito". "É totalmente contrária à orientação do Metrô de amparar as vítimas e auxiliá-las para a realização de um Boletim de Ocorrência", informou o Metrô sobre a declaração, reiterando que lamenta a conduta errada relatada e que o empregado já foi identificado e será "reorientado".
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Momento Verdadeiro com informações do 'R7' e 'O Dia'.