PM chamou "filho de vagabundo", diz pai de menino morto no Alemão.

A família de Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, está inconformada com a morte do menino. "Quando fui socorrer meu filho, o PM falou que eu era vagabundo que nem ele. Falou que matou um vagabundo que era filho de um vagabundo", declarou o ajudante de pedreiro. "Sou trabalhador, trabalho de carteira assinada", declarou José Maria Ferreira de Sousa, pai da criança.

A mãe de Eduardo, Terezinha Maria de Jesus, declarou nesta sexta-feira que não quer mais permanecer no Rio após a morte do menino e que quer enterrar o filho no Piauí. Para isso, aguarda assistência do governo para traslado do corpo. De acordo com informações do jornal O Dia, o casal passou a noite na casa de uma vizinha pois não conseguiu permanecer em casa após a morte do filho.

"Por volta das 3h os dois chegaram da delegacia, mas não conseguiram dormir. Terezinha só tomou um chá de erva cidreira. José Maria sofreu de falta de ar no meio de noite e eu acudi" contou a doméstica Raimunda Nonata. "Por volta de 7h30, Terezinha foi para casa tomar um banho e trocar de roupa e acabou passando por onde o filho foi morto e viu sangue. Ela chorou muito e acabou passando mal", contou.

O casal tem cinco filhos, mas apenas Eduardo morava com os dois. Eduardo sonhava em ser bombeiro, segundo a família era o primeiro da classe e querido pelos professores. O menino iria começar dois cursos na próxima quarta-feira, um de informática e outro de gestão empresarial. Ele estudou no Ciep Maestro Franciso Migmome, em Olaria, e estava no quinto ano.

Segundo a irmã, Ana Flávia, "foi uma grande covardia o que fizeram com ele". "Eduardo era um menino estudioso, animado, que se divertia e gostava de jogar bola", disse.


Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro - PMERJ.

A Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) informou que trabalha no apoio à Divisão de Homicídios da capital na investigação da morte do menino Eduardo de Jesus, de 10 anos. Segundo a CPP, policiais do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) e da própria instituição que estavam na ocorrência já respondem a Inquérito Policial Militar (IPM). Eles foram afastados do policiamento nas ruas e tiveram suas armas recolhidas para a realização de exame balístico. O porta-voz da instituição, major Marcelo Corbage, disse se solidarizar com a família do menino e afirmou, nesta sexta-feira, que a morte de Eduardo não ficará impune. Clique Aqui e Leia Mais Notícias. Curta o M.V no Facebook e siga no Twitter. Com informações do jornal O Dia.

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