"O conteúdo original tem um quê de ironia",diz Ed Motta sobre polêmica.
Ed Motta afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que não se arrepende “de nenhuma vírgula” do “conteúdo original do texto”, apesar de lamentar a forma como respondeu aos comentários em sua página. “O conteúdo original tem um quê de ironia, de brincadeira, não tem esse aspecto raivoso, de ódio. Se tivesse ódio, o texto seria diferente. Não iria falar do cara que vai beber cerveja barata com camisa apertada e relógio branco”, disse ele, que classifica este perfil como 5% a 10% de seu público. Sobre os pedidos de falar português nos shows no exterior, Motta rebate: “veja, você está em um show em Roterdã [na Holanda], o cara grita: fala em português! Porque eu vou falar português em Roterdã? O Brasil tem esse complexo”. O cantor reconheceu, no entanto, que o brasileiro é tão irônico quanto ele foi em seu texto. “E agora, com essa confusão, o pessoal vai gritar ‘Manuel’ mesmo”, acredita ele, que explicou que sua forma de expressar-se na internet “é um troço completamente contraditório com o meu comportamento”. “Isso deve vir dessa frustração, de eu achar que não sou reconhecido como deveria”.
Ed já chegou no palco brincando com o acessório que ganhou do programa "Pânico": um relógio branco, como o criticado por ele em seu post. "Adorei o presente. Sempre quis um relógio branco", disse levando o público ao riso. A primeira canção do show também remetia à polêmica: o hit "Manoel", que ele disse não tocar nos shows fora do país. "Filmem isso! Vou esperar vocês pegarem o celular", brincou com o público antes de começar.
O cantor também falou abertamente sobre seu gosto musical, que não inclui gêneros como axé e sertanejo - e foram citados por ele no post polêmico. "Não acho que exagerei. É a opinião de alguém que está completamente fora do mercado por causa desse gênero. Nunca gostei de nada que é popular", disse. E continuou: "Estou velho, cara. Estou gagá. Não tenho nada contra a Ivete Sangalo, mas não curto axé. Bahia para mim é Caymmi. Sertanejo ainda acho que tem uma qualidade técnica."
Questionado se parte de sua "revolta" não era pelo fato de sua música não lotar estádios, ele negou: "A minha frustração é muito mais da minha arte não ser compreendida pela maioria dos brasileiros. Não quero mudar minha personalidade e ser bom moço". Ele também criticou os artista que "jogam para o público": "Eu me afastei do popular há muitos anos. Não gosto desse populismo de 'Alô, galera do Brasil'. Isso é hipocrisia." E completou em tom de brincadeira: "Detesto artista. Não sou artista, sou gênio (risos)!" Clique Aqui e Leia Mais Notícias. Curta o M.V no Facebook e siga no Twitter. (Fonte: Ego)