MPF apresenta nova denúncia contra Vaccari e Duque.
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou hoje (27) à Justiça Federal o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o empresário Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, um dos delatores da Operação Lava Jato. Os três foram denunciados por lavagem de dinheiro.
De acordo com a força-tarefa de procuradores que atuam nas investigações, parte da propina paga a Renato Duque passou pela empresa Setal Óleo e Gás, de propriedade de Mendonça Neto, e chegou à Editora Gráfica Atitude, ligada ao PT.
Para os procuradores, o pagamento de R$ 2,4 milhões à gráfica, em 24 vezes, entre abril de 2010 e dezembro de 2013, foi determinado por Vaccari, sem que os serviços fossem devidamente comprovados.
Com base no depoimento de delação do dono da Setal, a força-tarefa revelou que dois contratos entre o grupo Setal e a Gráfica Atitude foram assinados em 2010 e 2013, nos quais notas fiscais falsas foram emitidas para justificar os repasses.
A suspeita sobre os repasses para a gráfica foi um dos motivos da prisão de Vaccari, na décima segunda fase da Operação Lava Jato, deflagrada em15 de abril. Ele está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde também estão executivos de empreiteiras e Renato Duque, presos em outras fases da investigação. A responsabilidade dos dirigentes da gráfica é investigada em outro procedimento criminal.
Apesar das acusações apresentadas contra o PT, o procurador Deltan Dallagnol, um dos responsáveis pela força-tarefa, avaliou que o esquema de corrupção investigado na Lava Jato era pluripartidário. “Embora a denúncia envolva um partido político, o esquema era pluripartidário. Já foram denunciados anteriormente operadores vinculados às diretorias controladas pelo PP e pelo PMDB. A partidarização do olhar sobre as investigações prejudica os trabalhos, porque tira o foco do que é mais importante, que é a mudança do sistema, que favorece a corrupção seja qual for o partido. Por isso, o MPF apresentou as dez medidas contra a corrupção e a impunidade", disse Dallagnol.
Representantes da Editora Gráfica Atitude informaram que, desde a prisão do ex-tesoureiro do PT, a empresa mantém seus contratos de forma regular. Acrescentaramque que estão dispostos a prestar esclarecimentos à Justiça. Os advogados de Vaccari afirmam que ele nunca pediu doações de origem ilícita para o PT e que todas as contribuições ocorreram de forma legal, por transação bancária.
A defesa de Renato Duque nega que o ex-diretor tenha recebido propina enquanto ocupou a Diretoria de Serviços na Petrobras.
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André Richter - Repórter da Agência Brasil.
De acordo com a força-tarefa de procuradores que atuam nas investigações, parte da propina paga a Renato Duque passou pela empresa Setal Óleo e Gás, de propriedade de Mendonça Neto, e chegou à Editora Gráfica Atitude, ligada ao PT.
Com base no depoimento de delação do dono da Setal, a força-tarefa revelou que dois contratos entre o grupo Setal e a Gráfica Atitude foram assinados em 2010 e 2013, nos quais notas fiscais falsas foram emitidas para justificar os repasses.
Apesar das acusações apresentadas contra o PT, o procurador Deltan Dallagnol, um dos responsáveis pela força-tarefa, avaliou que o esquema de corrupção investigado na Lava Jato era pluripartidário. “Embora a denúncia envolva um partido político, o esquema era pluripartidário. Já foram denunciados anteriormente operadores vinculados às diretorias controladas pelo PP e pelo PMDB. A partidarização do olhar sobre as investigações prejudica os trabalhos, porque tira o foco do que é mais importante, que é a mudança do sistema, que favorece a corrupção seja qual for o partido. Por isso, o MPF apresentou as dez medidas contra a corrupção e a impunidade", disse Dallagnol.
Representantes da Editora Gráfica Atitude informaram que, desde a prisão do ex-tesoureiro do PT, a empresa mantém seus contratos de forma regular. Acrescentaramque que estão dispostos a prestar esclarecimentos à Justiça. Os advogados de Vaccari afirmam que ele nunca pediu doações de origem ilícita para o PT e que todas as contribuições ocorreram de forma legal, por transação bancária.
A defesa de Renato Duque nega que o ex-diretor tenha recebido propina enquanto ocupou a Diretoria de Serviços na Petrobras.
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André Richter - Repórter da Agência Brasil.