Luxa põe fita na boca em protesto com a Ferj e o TJD-RJ.
O comandante rubro-negro adiantou que, em decisão conjunta com Eduardo Bandeira de Mello, não irá ao Maracanã sequer para ver o clássico - Deivid comandará a equipe. Na parte mais firme do pronunciamento, Vanderlei disse sentir-se censurado, garantiu que não irá baixar a guarda diante das sanções e bradou pelo seu direito de expressão.
"Conto com a colaboração de vocês para não ter perguntas, respeitando o meu momento. É só um pronunciamento em função das coisas que estão acontecendo. Acho importante meu posicionamento como cidadão e como profissional. Não é a primeira vez que fico fora de um jogo suspenso. Já aconteceu outras vezes e fui campeão, ganhei. Não vejo como problema para equipe, não vai existir algum tipo de prejuízo. Temos um processo trabalhado com o Deivid. É um situação do futebol, até por expulsão. Os jogadores sabem das nossas propostas. Já aconteceu uma situação em Macaé, onde o Paulo Victor não pôde atuar e tínhamos decisões. Por decisão minha, conversando com a presidência, se não posso estar no vestiário, não estarei no Maracanã, não vou ao jogo. Me senti prejudicado e não tem motivo para estar em um local onde não exercerei meu direito de trabalho. Vou ver o jogo como torcedor. Agora, como cidadão, em um momento importante do Brasil, onde estivemos recentemente uma eleição para presidente da República com debates ferrenhos, acusações, ideias, movimentos ruins de violência, onde confundiram processo democrático com violência e a população não aceitou. Em seguida, tivemos movimentos democráticos a favor e contra o governo. O direito do povo brasileiro foi conquistado através de lutas para quebramos a ditadura, direito de se expressar sem repressão. Não pode, em 2015, em um órgão importante do Rio de Janeiro, voltarmos a viver um momento de ditadura. Começamos lá atrás com a queda de um presidente e está na constituição o direito de liberdade de ir e vir, que não pode ser quebrado. Me senti violentado e agredido como cidadão. Já fiz muitas coisa que mereci ser punido. O que fiz foi buscar o melhor para o povo brasileiro. Em um momento onde tomamos uma derrota de 7 a 0 (7 a 1), busquei um caminho. Não me posicionei contra nenhum dirigente, mas contra qualquer federação que impeça jovens de jogar futebol. Quando usei o termo porrada, não era dar porrada na mão, foi um termo que usamos constantemente, vejo constantemente ser usado na televisão. Não foi tentativa de mandar agredir ninguém. Não podemos buscar através do futebol a moralidade de um segmento que não tem moral. Como cidadão brasileiro, venho repudiar. Vou continuar sendo da forma que sempre fui e vou seguir criticando o que achar que deve ser criticado. Nunca fui de ficar atrás de nada. Vou continuar buscando viver em um país melhor e que minhas filhas e meus netos encontrem um processo democrático ainda melhor. Não vão me calar de jeito nenhum. Se quiserem me tirar do Carioca, que me tirem. Só vou me posicionar quando tiver o meu direito de liberdade".
De acordo com informações do "Globo Esporte", Luxemburgo foi punido com dois jogos de suspensão pela fala contra a Federação. O efeito suspensivo favorável ao Flamengo na última quarta havia sido concedido pelo vice-presidente do STJD, Ronaldo Piacente, mas o presidente Caio Rocha teve um entendimento diferente do caso e mudou a decisão nesta quinta. De acordo com a Procuradoria do TJD-RJ, a liminar que liberava Luxa abriria uma jurisprudência perigosa, que levaria outras equipes de torneios regionais a impetrarem a medida como forma de evitar que os denunciados condenados cumpram suas penalidades dentro das competições em curso. Luxemburgo não poderá sequer ter acesso ao vestiário do Flamengo no clássico. Com isso, Deivid, ex-atacante rubro-negro e atual auxiliar do treinador, é quem deve comandar a equipe neste domingo, no Maracanã. Clique Aqui e Leia Mais Notícias. Curta o M.V no Facebook e siga no Twitter. Com informações do Globo Esporte (G1).