Corpo do menino morto no Alemão é transladado para o Piauí.
A Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do estado arcará com todos os custos da viagem, do translado e do sepultamento do corpo do menino.
Eduardo foi atingido por um disparo na última quinta-feira (2), na porta de casa. A suspeita é que o tiro tenha sido disparado por policiais militares. A Divisão de Homicídios investiga o caso e todos os agentes que participaram da operação no dia da morte do menino foram afastados. “Estamos cercando-os [a família] dos cuidados necessários e fazendo o que está ao nosso alcance para minimizar essa dor. Vamos acompanhá-los com o que for preciso, e essa ajuda não será só agora. Temos que dar uma resposta correta a essa família", disse, em nota do governo do estado, a secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Teresa Cosentino.
A pasta também ofereceu apoio psicológico à família. A mãe do garoto, a diarista Terezinha Maria de Jesus, que afirma ter testemunhado o assassinato do filho, ficou abalada ontem (3), no protesto em favor da paz e de justiça para as vítimas de tiroteios no Complexo do Alemão. "Eles estão matando inocentes. Essa polícia assassina tirou a vida do meu filho", desabafou Terezinha.
Eduardo foi a sexta vítima de tiroteios no conjunto de favelas, desde a última quarta-feira (1), quando mãe e filha também foram atingidas dentro de casa. A jovem Maynara Moura, de 16 anos, atingida no braço, recebeu atendimento médico e é a única sobrevivente.
Desde o início deste ano, confrontos são rotina no Alemão, que reúne 15 comunidades com 70 mil pessoas. Especialistas em segurança pública e moradores pedem recuo da polícia. Clique Aqui e Leia Mais Notícias. Curta o M.V no Facebook e siga no Twitter.