Para Dilma, Levy foi "infeliz" e a "desoneração" é importante.

Dilma Rousseff classificou como "infeliz" a recente declaração de Joaquim Levy. Na última sexta-feira, o ministro da Fazenda afirmou que “havia uma relativa ineficiência da desoneração, que não alcançou desenho projetado. A intenção era boa. A execução foi a melhor possível, mas essa política não deu resultados e mostrou-se extremamente cara”.

Sobre a declaração do ministro, a presidente do Brasil disse: "A desoneração da folha, ela foi importantíssima e continua sendo. Se ela não fosse importante, nós tínhamos eliminado e simplesmente abandonado. Acho que o ministro foi infeliz no uso do adjetivo. Agora, o fato é que tanto o ministro como todos os setores estão comprometidos com uma melhoria das condições fiscais do país. Ela é, hoje, a desoneração da folha, uma realidade. O que nós garantimos é que haja um reajuste nas condições. Será sempre um instrumento que não é um instrumento pura e simplesmente de ajuste fiscal. É um instrumento que vai permanecer. Agora, em certas conjunturas, tem de ser reajustado, ou para cima, ou para baixo. Agora, foi para cima", afirmou Dilma.


Otimista, Dilma Rousseff disse ainda que o Brasil vai sair logo da crise: "Pode ter certeza que o Brasil vai sair dessa crise, vai sair ainda mais forte. Até porque o Brasil tem fundamentos sólidos. Nós passamos por dificuldades conjunturais. E isso garantirá que o país sairá um outro patamar, podendo continuar a crescer, garantindo os empregos que nós criamos e garantindo a renda que nós conquistamos", enfatizou.

Ao ser indagada se estaria reconhecendo os erros da política econômica anterior com esta nova equipe, Dilma disse: "Quando a realidade muda, a gente muda. É impossível achar, por exemplo, que a tarifa de energia decorre de erros. A tarifa de energia decorre das chuvas. Quando aumenta a chuva, diminui a tarifa de energia porque entra a energia hidrelétrica".


Dilma explicou e depois mudou de assunto: "Quando diminui a chuva, diminui a energia hidrelétrica e aí a gente tem de contratar térmica. E térmica é mais cara, porque você paga aquilo que produz a térmica. Você paga o gás, você paga o carvão. E quando é água que você está usando para produzir a energia, você não paga a água. Ela é gratuita. Eu agradeço, mas, agora, eu não vou responder sobre coisas do Brasil no Uruguai. Eu vou responder aqui sobre a importância da relação do Brasil com o Uruguai. O Uruguai é um parceiro estratégico do Brasil. Nós olhamos o Uruguai como sendo um país irmão. E temos essa, eu acho assim, esse grande desafio que é reforçar as relações econômicas, as relações sociais e culturais. E, sobretudo, a infraestrutura, que hoje nós estamos em uma obra que a gente tem de comemorar, que é a primeira obra e o primeiro investimento da Eletrobras no exterior. E, para mim, é muito sintomático que esse primeiro investimento tenha sido feito aqui". Sobre a parceria com o Uruguai, Dilma disse que o projeto vai beneficiar os dois países.  Com informações do Jornal do Brasil.

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