Descaso, falta de informação e péssimo atendimento causam revolta em quem precisa do serviço de saúde em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Embora a
Constituição Federal diga que todo povo tem o direito a saúde, este direito ainda é uma utopia para muitos. "A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação".
Nem pagando. Marcar uma consulta médica no
hospital da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Campos é um verdadeiro drama. Pelo social, a consulta médica custa R$90 (noventa reais). Uma leitora nos enviou o relato (
via WhatsApp) do que passou ao buscar um atendimento social para seu filho de 9 anos.
"Ligamos na quinta-feira, 26 de fevereiro, perguntando se tinha consulta para urologista, e a atendente disse que teria na sexta, mas quando foi falado que era para criança, a atendente disse que era na segunda dia 2 de março, a partir das 8h e falou duas vezes o dia e horário, porque foi perguntado duas vezes. Então no referido dia acordei meu filho cedo e fomos para o hospital, enfrentamos a bendita fila do social, que não é nada pequena, e ainda estava chovendo... E ao chegar na nossa vez a mocinha disse que não sabia se o médico iria atender meu filho e eu teria que esperar até o médico chegar para perguntar se ele poderia atender ou não. Aí como ninguem é de ferro ... perguntei porque não falaram isso ao telefone, pois assim evitaria ir ate la atoa. A atendente do balcão central ainda relatou que não tinham visto atendimento de urologia para crianças no hospital e que a criança que já havia sido atendida era filho de um funcinário.", relatou a senhora Silva. A leitora ainda falou que quando estava na fila viu outras situações revoltantes.
"Chegou uma mãe com uma criança especial para um atendimento, parece que a criança é paciente de home care e estava com a consulta já marcada, ou algo assim e tinham outros procedimentos a realizar na pequena, mas parecia que a criança não estava bem, tadinha! A mãe estava até nervosa, claro até eu estaria vendo um filho naquela situação, e a mãe teve de ir para a fila, as pessoas da fila foram que deram a vez para a mãezinha poder levar a criança logo para ser atendida. A senhora contou com a compreensão de quem estava na fila e não dos profissionais que atendiam, pois todo mundo deveria saber os níveis de prioridade para prestar um bom atendimento e isso também falta. E principalmente os profissionais que vão atender ao público devem saber informar para não fazer a pessoa de bobo. Falta de respeito com quem se sacrifica para buscar um atendimento de saúde. Depois o povo fala mal do sus, está tudo a mesma bosta, pagando ou não o descaso é grande com a vida." "Teve paciente de primeira vez no hospital que enfrentou fila por ter recebido informação errada e teve de ir para outro local."
Isso mostra que não é só no SUS, como as pessoas gostam de falar, é geral. O povo agora pode dizer: 'Gente pagando está assim?'. Imagina uma pessoa sendo informada que determinado hospital tem o médico que faz o procedimento e ao chegar no local fica constatado o contrário... Revolta ou não? E o caso da pessoa ter de esperar o médico para saber se o profissional vai ou não atender determinado caso ou determinado paciente.
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Reportagem de Gelsienny Terra