O
ministro da Saúde e mais
três assessores foram convidados a depor perante a comissão de Relações Internacionais do Senado sobre o programa
Mais Médicos. O motivo seria uma reportagem do
Jornal da Band que mostrou, com exclusividade, gravações de áudio que revelam integrantes do Ministério tentando mascarar um dos objetivos do programa: atender o governo cubano.
O
senador Ronaldo Caiado quer que
Arthur Chioro e os assessores que participaram da negociação expliquem ao Congresso quais eram os reais objetivos do programa. "Já entrei com a representação na
Procuradoria-Geral da República para que instale um processo de investigação por crime de administração pública sobre todos esses funcionários e eles terão que responder com todas as penalizações", finalizou.
Oito em cada dez profissionais de saúde vinculados ao
programa Mais Médicos vieram de Cuba. São mais de
11 mil médicos que o
governo de Cuba mantém sob vigilância. Os profissionais são obrigados a comunicar cada passo aos coordenadores das brigadas, chamados feitores, que devem impedir que os médicos desertem.
Entenda o caso
De acordo com o
Jornal da Band, gravações de uma reunião anterior ao lançamento do
Mais Médicos revelam que assessores ministeriais tentaram mascarar um dos objetivos do programa: atender o governo cubano, reservando a maior parte do orçamento a profissionais vindo do país insular.
Após as
manifestações de junho de 2013, o governo federal tratou de apressar algumas medidas populares. Uma delas foi contratar médicos para atuar em locais do país que não eram atrativas para doutores brasileiros com o projeto, que o planalto vinha estruturando secretamente havia seis meses.
A pressa foi grande que acabou dando causa a um evento raríssimo em Brasília, onde, em pleno sábado, aconteceu uma reunião da qual participaram ao menos seis assessores de ministérios. O
Jornal da Band conseguiu identificar três assessores do Ministério da Saúde que participaram do encontro: Rafael Bonassa, assessor do gabinete do ministro, Alberto Kleiman, da área internacional e Jean Kenji Uema, chefe da assessoria jurídica.
Além deles, também esteve no encontro Maria Alice Barbosa Fortunato, que atualmente é coordenadora do
Mais Médicos na Organização Panamericana de Saúde (Opas), a mais preocupada do grupo em ocultar a preferência do governo federal pelo médicos Cubanos. “Eu acho que não pode ter o nome governo de
Cuba porque senão vai mostrar que nós estamos driblando uma relação bilateral”, explicou Maria Alice em um trecho da gravação.
Para mascarar o acordo com
Cuba, a representante da Opas propõe que seja simulado uma abertura para médicos de outros países. A esses, no entanto, será destinado apenas 0,13% da verba alocada para o primeiro ano do
Mais Médicos. “Eu posso colocar atividades do
Mercosul e da
Unasul, que vai dar dois milhões. Dois milhões (de reais) em relação a um bilhão e seiscentos milhões (de reais), será que na coisa da justiça tem problema?”, questionou. As informações são do Portal da
Band.
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