Manifestações pacíficas a favor da Petrobras se espalharam pelo Brasil.

Manifestações com demonstrações de apoio à presidente Dilma Rousseff (PT) e a favor da Petrobras tomaram as ruas do país nesta sexta-feira. Os manifestantes também pediram a manutenção do direito dos trabalhadores e a reforma política. Segundo informações do "Jornal do Brasil", os atos ocorreram em 23 estados e no Distrito Federal e foram organizados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Federação Única dos Petroleiros (FUP), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), União Nacional dos Estudantes (UNE) e várias outras entidades. Os protestos foram pacíficos e contaram com a presença da Polícia Militar para garantir a segurança durante o trajeto.  

No Rio de Janeiro, os manifestantes se reuniram na Cinelândia, Centro, no ato convocado pelas centrais sindicais em defesa da Petrobras e contra um possível pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os manifestantes carregaram muitas bandeiras da Petrobras, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de centrais sindicais. Um carro de som ficou parado em frente à Câmara Municipal. 

Ao chegarem à sede da Petrobras, os manifestantes realizaram um abraço simbólico e cantaram o Hino Nacional na porta do edifício. Em seguida, gritaram "viva Dilma". Após alguns minutos na frente do prédio, alguns manifestantes voltaram para a Cinelândia. Outros continuaram no local.


De acordo com o Jornal do Brasil, o presidente da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, Wadih Damous, disse que foi para a manifestação na condição de cidadão comum, em defesa da Petrobras, o orgulho do povo brasileiro, e do Estado Democrático de Direito. "As pessoas estão vindo aqui porque estão preocupadas com o que está acontecendo no país. Existe um cenário de intolerância política, existe um cenário com ingredientes de viés nitidamente golpista. Não é pelo fato de existir a figura do impeachment na Constituição da República que se pode sair por aí pedindo impeachment. Impeachment é algo muito específico, e a Constituição estabelece quais são os requisitos para se pedir impeachment. Não se vai à rua, como quem vai à praia, para pedir impeachment", afirmou Damous.

O presidente do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, também participou do ato, e se disse "feliz por essa jornada cívica pelo país". Stedile, no entanto, frisou que está no ato "convocado pelo MST".

O presidente do MST, que vem ocupando e bloqueando diversas rodovias pelo Brasil, Stédile frisou que os casos de corrupção na Petrobras não são novidade e que "quem roubou tem que ir para a cadeia". "Os ricos também roubam", completou, irônico.

Bahia

Na Bahia, a marcha das mulheres, que acontece anualmente pelo direito das mulheres e pelo aumento da participação feminina na política, se juntou ao movimento das frentes sindicais. Cerca de 1.200 manifestantes caminharam pelas ruas de Salvador, segundo informa a PM. O ato se concentrou em frente à sede da Petrobras e terminou por volta das 18h15.

São Paulo

Em São Paulo, a chuva caiu forte, mas os manifestantes continuaram a caminhar em direção à Praça da República. A Central Única de Trabalhadores (CUT) estima que cerca de 100 mil pessoas tenham participado do ato na cidade. A concentração começou às 10h e saiu às 16h, percorrendo toda a Avenida Paulista.

Brasília

Em Brasília, os manifestantes da CUT e integrantes de diversos movimentos sociais começaram a deixar o centro comercial Conic, na área centra de Brasília, por volta das 17h30, em direção à Rodoviária de Brasília. Durante o protesto, manifestantes chegaram a acender sinalizadores na Rodoviária da capital federal. Por volta das 18h30, os manifestantes iniciaram uma marcha em volta da Rodoviária do Plano Piloto, no inicio da Esplanada dos Ministérios.

Espirito Santo

Em Vitória, no Espirito Santo, manifestantes em defesa da Petrobras saíram da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) por volta das 17h20, desta terça-feira. O ato pedia a valorização da estatal, a reforma política e o fim das medidas provisórias que alteram as leis trabalhistas. Houve congestionamentos em algumas vias da cidade, mas a Secretaria de Segurança Pública não registrou nenhum tipo de tumulto durante o período da manifestação. A CUT estimou que cerca de 2.000 pessoas teriam participado da manifestação.

Recife

No Recife, 2000 participantes (segundo a CUT) seguiram pela Rua do Hospício em direção à Avenida Conde da Boa Vista. 

Goiânia

Em Goiânia, cerca de 300 trabalhadores (segundo a CUT, e 100 de acordo com a PM) se reuniram na Praça Cívica.

Paraná 

No Paraná, 200 pessoas se reuniram em Araucária (diz a PRF). 

Mato Grosso do Sul

No Mato Grosso do Sul, a manifestação acontece na Praça do Rádio Clube, em Campo Grande.

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Fonte: Jornal do Brasil

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