Jornalista Beatriz Thielmann perde batalha contra o câncer.


O telejornalismo brasileiro se despediu de Beatriz Thielmann no último fim de semana. Contratada pela Rede Globo desde o início da década de 1980, a repórter morreu, aos 63 anos, na tarde de domingo, 29, em decorrência de um câncer no peritônio, membrana que reveste o abdômen. A jornalista estava internada no Sírio-Libanês, em São Paulo.

Ao noticiarem o falecimento da jornalista que travou nos últimos anos uma batalha contra a doença, veículos de comunicação do Grupo Globo relembraram fatos marcantes da carreira de Beatriz. O G1 detalhou que a repórter foi a primeira da emissora global a entrevistar o ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, em 1987, durante viagem da chancelaria brasileira à ilha caribenha.
A versão online de O Globo destacou trabalhos feitos por Beatriz em território nacional. O site mencionou participações em coberturas de “momentos importantes da história do país”, casos da “morte de Tancredo Neves, a Eco-92, a Rio+20 e a visita do Papa Francisco”. A conquista do Prêmio Ibero-Americano, promovido pela Unicef, devido à reportagem sobre turismo sexual infantil também foi lembrada pelo portal.

Documentarista e escritora

Com mais de 30 anos profissionais dedicados à TV Globo, Beatriz Thielmann começou na emissora como estagiária de redação e chegou a ser editora de texto. No período como repórter, colaborou com os principais produtos jornalísticos da casa: ‘Bom Dia Brasil’, ‘Jornal da Globo’, ‘Jornal Nacional’ e ‘Globo Repórter’.

Realizou, entretanto, projetos fora da imprensa. Em 2003, escreveu o livro De Mulheres para Mulheres, em parceria com a médica Odilza Vida. O assunto abordado pela obra era “o que a medicina apresentava de novo para a vida da mulher depois dos 40 anos”, conforme descreve a página do site Memória Globo dedicada à jornalista.

O trabalho de Beatriz além da TV Globo rendeu a produção dos documentários ‘O Bicho Dá. O Bicho Toma’ e ‘Vento Bravo’. O primeiro, lançado em 2005, teve como tema a “luta pela preservação dos animais silvestres”. Dois anos depois, o segundo filme registrou a parceria com a também jornalista Regina Zappa e teve como foco a história musical de Edu Lobo. Em ambos, a profissional global assinou o roteiro e a direção.

Colegas se despedem

Após a divulgação da morte, a página do Facebook então mantida por Beatriz Thielmann se transformou em mural, com mensagens de despedidas. Ex-diretor de programação da Rede Globo, Luiz Erlanger ressaltou ter perdido “uma colega exemplar, destas que dignificam a profissão, e uma querida” e que ela “vai fazer muita falta”. Repórter da TV Globo em Brasília, Vladimir Netto afirmou que a jornalista era “amiga generosa, profissional exemplar, exemplo pra todos nós”.

O site de O Globo informa que o corpo da jornalista será levado para o Rio de Janeiro ao decorrer dos próximos dias para ser cremado. Beatriz deixa dois filhos. Clique Aqui e Leia Mais Notícias. Curta o M.V no Facebook e siga no Twitter. Com informações do portal Comunique-se.

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