Cunha não teme perder presidência da Câmara.
Na noite desta sexta-feira (6), logo após a divulgação da lista dos 47 políticos que serão investigados por suposta ligação com os casos de corrupção da Petrobras, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, mostrou tranquilidade ao ver seu nome no documento."Recebo com muita tranquilidade, porque não há político imune a investigação", afirmou o deputado em entrevista ao programa"Canal Livre", que irá ao ar na Band na noite de domingo (8). "Não tenho nenhuma participação nessa situação", garantiu.
O deputado disse ainda que não teme perder a presidência da Câmara e lembrou que já foi alvo de processos antes, mas que nunca foi condenado. "Tem mais de 100 parlamentares com processo", justificou, ressaltando que seu caso não é fora do comum.
A denúncia contra Cunha surgiu em janeiro, após o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, ligado ao doleiro Alberto Youssef, ter afirmado que teria feito entrega de propinas em uma casa que seria a do presidente da Câmara. "Fiz a comprovação que não era a minha residência", reforçou Cunha, dizendo que seu nome nunca foi citado pelo doleiro investigado pela Operação Lava Jato.
Sobre a época em que a denúncia veio à tona, quando Cunha concorria à presidência da Casa, o deputado disse "não ter dúvidas” que houve motivação política. “Coincidentemente as coisas acontecem quando você ganha projeção."
O presidente da Câmara criticou a postura do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que segundo ele fez a lista sem pedir explicações formais, por escrito, aos acusados.
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Questionado pela jornalista Mônica Bergamo, que participou do programa, se estava tachando o procurador-geral de irresponsável e apontando uma motivação política para a elaboração da lista e sua divulgação, Cunha foi cauteloso.
"Não quero usar estar palavras, porque são agressivas. O tempo irá esclarecer", afirmou. "Antes de fazer a avaliação política, quero fazer a avaliação técnica."
O programa "Canal Livre" será exibido na noite de domingo (8), logos após o "Pânico na Band".
O PP é o partido com o maior número de políticos mencionados, com 32 no total. O PMDB aparece em seguida, com sete. PT conta com seis nomes. PSDB e PTB têm um cada.
Por: Rodolfo Bartolini | Fonte: Band