"Castigo justo", diz Coreia do Norte sobre ataque a embaixador dos EUA.
A KCNA afirmou que o ataque refletia a opinião pública sul-coreana, de "crítica aos Estados Unidos, por causarem uma crise na península coreana com perigosas manobras militares conjuntas".
Os exercícios militares anuais, que geram sempre tensões com a Coreia do Norte, começaram segunda-feira (2) e envolvem milhares de tropas sul-coreanas e norte-americanas. Kim Ki-jong, o homem que atingiu Lippert com uma faca, disse à polícia que a sua oposição aos exercícios militares foi o principal motivo do ataque. Fontes médicas, citadas pela agência AFP, informaram que Mark Lippert, de 42 anos, está se recuperando da cirurgia à que foi submetido, depois de ter sofrido cortes no rosto e em um dos braços. O embaixador deverá ficar hospitalizado em observação durante mais três ou quatro dias, acrescentaram.
"Estou bem e animado", disse Lippert, em mensagem na rede social Twitter. "Estarei de volta o mais rápido possível para fazer avançar a aliança EUA-Coreia do Sul". Os Estados Unidos já condenaram o ato de violência. Os Estados Unidos e a Coreia do Sul fazem esta semana os exercícios militares anuais conjuntos, que geralmente provocam aumento da tensão com a vizinha Coreia do Norte. As duas Coreias continuam tecnicamente em guerra, uma vez que o conflito de 1950-53 terminou com a assinatura de um acordo e não de um tratado de paz.