Voluntários na Libéria testarão nova vacina contra o Ebola.
"Essas duas vacinas preveniram animais contra o vírus Ebola e foram consideradas seguras durante os testes humanos durante os estudos de inocuidade menores na África, na Europa e América", lembra o Prevail (Parceria para a Pesquisa sobre Vacinas anti-Ebola na Libéria) em um comunicado. "O teste começa no hospital Redemption em Monróvia e outros hospitais participarão posteriormente após os 600 primeiros participantes", indica o texto.
O diretor do Wellcome Trust, no Reino Unido, que financia as pesquisas contra o Ebola, Jeremy Farrar, considerou "fantástico que esses primeiros testes de vacinas em grande escala aconteçam na Libéria, um país que tem sofrido enormemente com a epidemia", com ao menos 3.700 mortos do total de cerca de 9.000 vítimas fatais da doença.
Os pesquisadores, sob a supervisão do NIAID, visam atingir 27.000 homens e mulheres com boa saúde, a partir de 18 anos. Segundo o Prevail, essas vacinas podem causar dor, inflamações e inchaço nos braços, assim como febre, dor de cabeça e fadiga. Mas esses efeitos colaterais "foram leves ou moderados e desapareceram em pouco tempo", ressaltou. De acordo com os pesquisadores, o nível de imunização necessário para evitar que um ser humano seja contaminado com o Ebola permanece desconhecido.