Pizzolato se entrega à polícia de Maranello.

Condenado, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 12 anos e sete meses de prisão, no Brasil, por lavagem de dinheiro e peculato na Ação Penal 470, o processo do mensalão, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato se entregou à Justiça italiana nesta quinta-feira (12), após a Corte de Cassação de Roma ter decidido por extraditá-lo

Henrique Pizzolato fugiu para o país europeu há um ano e cinco meses com um passaporte falso. De acordo com a lei processual italiana, o julgamento é definitivo. Agora, caberá ao ministro da Justiça, Andrea Orlando, decidir se acata ou não a medida. Assim que o ministério for notificado oficialmente, o país terá 20 dias para tomar a decisão. "Embora a Corte não tenha prazo para enviar o caso ao Ministério da Justiça, esperamos que isso ocorra em breve”, disse Boni Soares, diretor do Departamento Internacional da Advocacia-Geral da União, Ele explica que a discussão jurídica está encerrada. “Só resta agora a decisão política do governo italiano", acrescentou.

Os juízes que analisaram o caso entenderam que existem no Brasil todas as condições para garantir a segurança de Pizzolato em um presídio. O argumento da falta de respeito aos direitos humanos nas prisões brasileiras foi usado pela defesa para pedir que o ex-diretor continuasse a morar na Itália. A reversão da decisão do Tribunal de Bolonha foi uma vitória do governo brasileiro. A Justiça italiana havia negado, em outubro, o pedido de extradição de Henrique Pizzolato.


A Interpol foi acionada para buscar o ex-diretor, que chegou a ser oficialmente considerado foragido. Pouco tempo depois de anunciada a decisão da Justiça italiana, Henrique se apresentou à polícia de Maranello, cidade próxima a Modena, onde ele deve ficar preso. A partir de agora, o caso de Pizzolato deixa a esfera judicial e passa para o âmbito político. 

Decisão Política 

Fontes na Itália admitem que, a partir de agora, pode pesar o atrito entre Brasil e Roma no que se refere à decisão do ex-ministro da Justiça, Tarso Genro de não extraditar Cesare Battisti, condenado na Itália por assassinato.


Fontes: Agência Brasil e JB.
Edição: Washington Luiz
Foto: Reprodução de Internet.

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