Pai que se recusou a abandonar filho com Síndrome de Down agradece doações de internautas.


Samuel Forrest, que foi largado pela mulher porque se recusou a abandonar o filho recém-nascido com Síndrome de Down, agradeceu, nesta sexta-feira, 6, pelo apoio de internautas de todo o mundo. Em poucas horas, desde que o caso chamou a atenção da imprensa mundial, ele já conseguiu mais de US$ 300 mil (cerca de R$ 830 mil) para trazer seu filho da Armênia, onde nasceu, para a Nova Zelândia. As informações são da rede ABC News.

"Obrigado a todos - estamos atordoados além das palavras no apoio incrível e adoro você mostrou para o pequeno Leo. 9 dias depois que nós começamos nossa campanha, Leo e eu descobrimos que nas primeiras horas da manhã que tinha cruzado a nossa meta! Ele é um cara de sorte por ter o apoio de milhares de amigos como você em todo o mundo. 
Alguns dos fundos adicionais que temos arrecadados serão utilizados para garantir melhores condições de vida em Auckland, e para dar a Leo oportunidades de maior qualidade quando se trata de educação - um bom dinheiro para casa e escola de custo, mas Leo vai ter tudo isso e mais, graças a você. 
Vamos usar parte do dinheiro que você deu para financiar os programas e instalações aqui na Armênia que irá apoiar os futuros pais para manter sua apesar de todas as crianças deficientes, e para ajudar a um melhor atendimento para os especiais que acabam longe de sua mamãe e papai. Nós também gostaríamos de compartilhar os fundos excedentes com o único orfanato na Armênia que regularmente colhe bebes abandonados com Sindrome de Down, bem como outras organizações que possam ajudar essas crianças - graças a seu apoio, podemos começar a fazer a diferença já. Obrigado novamente por seu cuidado e generosidade! ", agradeceu Forrest.

Ainda de acordo com a rede ABC News, Ruzan Badalyan, mulher de Forrest, confirmou ter tido um filho com Síndrome de Down e que já pediu o divórcio, mas não quis se pronunciar sobre o caso. Através de redes sociais, ela foi ataca por internautas por ter rejeitado Leo e, por isso, excluiu sua conta no Twitter e vetou comentários no seu perfil no Facebook. O pequeno Leo nasceu em um hospital na Armênia em 21 de janeiro e, assim que os médicos saíram da sala de parto com ele no colo, não permitiram que seu pai o visse.

Samuel Forrest foi levado para uma salinha para conversar com os médicos: "O pediatra saiu da sala com uma pequena trouxinha, era Leo. Ele estava com o rosto coberto e as autoridades do hospital não me deixaram vê-lo e nem a minha mulher. Quando o médico saiu, disse: 'seu filho tem um problema sério. Leo tem Síndrome de Down'. Eu fiquei em choque", contou Forrest. Ele só conseguiu segurar o filho depois de absorver a notícia. "Olhei para ele e disse: 'Ele é lindo, ele é perfeito e eu com certeza vou ficar com ele'". Mas a reação da sua mulher não foi a mesma. Quando entrou no quarto em que Ruzan Badalyan estava, o pai contou que recebeu o ultimato: abandonaria o bebê ou ela pediria o divórcio. Forrest decidiu ficar com o bebê.


Segundo as leis armênias, se uma criança nasce com Síndrome de Down, a família pode decidir ficar com o bebê ou enviá-lo para adoção. "A minha mulher já havia decidido, tudo isso foi feito pelas minhas costas", contou. Uma semana após o nascimento de Leo, Ruzan entrou com o pedido de divórcio. Forrest conta que nunca pensou em deixar o filho. "Eu não queria o divórcio. Eu nem tive a chance de conversar com ela a sós sobre isso", comentou com o canal de TV. Forrest é da Nova Zelândia e, como trabalha como freelancer e tem renda instável. "Isso tudo aconteceu do nada. Eu não tenho muito, tenho bem pouco na verdade. A intenção é reunir dinheiro suficiente para viver durante um ano, para que eu consiga um emprego de meio período, Leo não precise ficar em uma creche e eu possa ajudar a cuidar dele. Ele já perdeu muita coisa em duas semanas, tudo seria diferente se ele tivesse a mãe", disse Forrest.

Desde o nascimento do filho, ele entrou em grupos de apoio a pais com filhos com síndrome de Down para compartilhar a sua história e espera que os pais aprendam a lidar melhor com crianças com necessidades especiais. "Depois do que passei com Leo, não quero ficar parado vendo bebês sendo mandados para orfanatos. Ser uma criança com síndrome de Down é como um rótulo. Se formos além deste rótulo, veremos que eles são normais. São um pouco diferentes de nós, mas ainda assim normais. Todos eles têm nichos e eu quero descobrir onde Leo é especial. Esse rapazinho é ótimo", finalizou.
   

Com informações do Extra

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