Momento Verdadeiro: Inspiração para Corredores

A Advocacia-Geral da União informou nesta terça-feira, 24 de fevereiro, que a Justiça determinou a liberação de estradas federais bloqueadas por caminhoneiros no Rio Grande do Sul e Minas Gerais, que protestam por redução dos custos para a categoria. Conforme noticiou a agência "Reuters", as decisões pelo desbloqueio das estradas em Minas e no Rio Grande do Sul são as primeiras obtidas pela AGU, órgão responsável por defender os interesses do governo federal, contra o bloqueio imposto pelos caminhoneiros em sete Estados.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o uso da força para liberação das estradas, quando necessário, foi formalmente autorizado pelo Ministério da Justiça.

Ainda de acordo com a Reuters, a Subseção Judiciária de Pelotas (RS) determinou que os manifestantes liberem trechos das BRs 293, 116 e 392 no Rio Grande do Sul, sob pena de multa de 5 mil reais por hora de permanência dos caminhoneiros nas vias, além da aplicação das penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro. "Resta caracterizada a situação infracional, eis que não há permissão da autoridade de trânsito, nem poderia haver, em face da inadequação do local para manifestações e do interesse público, quanto à circulação de pessoas e bens, que devem ser preservados", afirma a decisão favorável à AGU.

Em Minas Gerais, a pena prevista na decisão judicial é de multa de 5 mil reais para cada motorista que mantiver o bloqueio e de 50 mil reais às associações que a descumprirem, informa a reportagem de Eduardo Simões.

Caminhoneiros intensificam bloqueio de rodovias federais em 6 estados.

A Advocacia-Geral da União ainda aguarda decisões sobre os pedidos de desbloqueio de estradas em São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. O protesto dos caminhoneiros tem prejudicado o fluxo de insumos para o setor agrícola em várias regiões, assim como afetado os setores de combustíveis, entre outros.