Guiné Equatorial diz que não patrocinou a Beija Flor.

Governo da Guiné Equatorial diz que não patrocinou a Beija Flor
Queiroz GalvãoOdebrecht e grupo ARG são apontadas como patrocinadores...
Rio - Na Quarta-feira de Cinzas, assim que terminou a apuração do Grupo Especial, que consagrou a Beija-Flor com título de campeã do carnaval carioca, choveu críticas ao enredo da escola de Nilópolis nas redes sociais. A agremiação homenageou Guiné Equatorial, país da África que é um dos maiores produtores de petróleo do continente, mas também tem índices muito baixos de desenvolvimento humano. Segundo informações divulgadas pela imprensa, para adotar o enredo, a Beija-Flor teria recebido R$ 10 milhões do ditador que comanda a Guiné há 32 anos. 


Nesta quinta, dia 19, o governo da Guiné Equatorial negou que tenha patrocinado a Beija-Flor. Em nota, o ministro da Informação, Imprensa e Rádio, Teobaldo Nchaso Matomba, afirmou que a iniciativa do patrocínio partiu de "empresas brasileiras". O governo não citou nomes, mas durante as comemorações pelo título na quadra da escola, o carnavalesco Fran-Sérgio, integrante da comissão de carnaval da Beija de Flor, citou Queiroz Galvão, Odebrecht e grupo ARG como patrocinadores do enredo, conforme informou o jornal O Globo.


De acordo com o governo, os ministérios da Informação, Imprensa e Rádio e da Cultura e Turismo forneceram materiais e informações sobre a arte e cultura do país. O contrato assinado entre a Beija-Flor e o ministério da Cultura e Tursimo do país africano cita um aporte de R$ 10 milhões para a escola, mas não informa a origem do dinheiro.

Por fim, a nota parabeniza a vitória da Beija-Flor e afirma que o governo da Guiné Equatorial espera que o sucesso incentive outros países africanos a participar do carnaval brasileiro.

Empreiteiras brasileiras

Odebrecht - A empresa brasileira também negou que tenha patrocinado o enredo da Beija-Flor. A empreiteira afirmou ainda que sequer realizou obras na Guiné."A Odebrecht não patrocinou o desfile do Grêmio Recreativo Escola de Samba Beija-Flor, do Rio de Janeiro. A Odebrecht esclarece ainda que nunca realizou obras na Guiné Equatorial. A empresa chegou a manter um pequeno escritório de representação no país africano, mas ele foi desativado em 2014", diz a nota.

Em 2011, segundo a "Folha de S. Paulo", o diretor de relações institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, integrou a comitiva de uma viagem do governo brasileiro à Guiné. Na ocasião, o representante oficial da delegação brasileira, designado pela presidente Dilma Rousseff, foi o ex-presidente Lula.


Queiroz Galvão - O carnavalesco da Beija-Flor citou ainda a Queiroz Galvão - que, assim como a Odebrecht, está envolvida nas denúncias da Operação Lava-Jato - e o grupo ARG como financiadores do carnaval. Procurada, a Queiroz Galvão afirmou que vai se posicionar durante o dia. 

Em seu site oficial, o grupo ARG afirma que atua na Guiné desde 2007 e destaca a execução de duas obras rodoviárias no país: entre as cidades de Añisok e Oyala e a ligação entre Oyala e Mongomeyen. Nenhum representante do grupo ARG foi encontrado até o fim da manhã desta quinta-feira para comentar o caso, conforme informou o jornal "O Globo".

Com informações de O Globo e Folha de S. Paulo.

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