Campanha da Fraternidade quer aprofundar diálogo com a sociedade.

"Eu vim para servir," esse é o lema da Campanha da Fraternidade 2015 lançada nesta Quarta-feira de Cinzas pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O tema escolhido este ano é Fraternidade: Igreja e Sociedade. A ideia é aprofundar, a partir do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade como serviço ao povo brasileiro.


Buscar novos métodos, atitudes e linguagens na missão da Igreja de levar a palavra a cada pessoa é outra proposta da campanha. O secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, lembrou que o momento escolhido para o lançamento da campanha – o início da Quaresma – é considerado de extrema importância para a Igreja. "Queremos ajudar a construir uma sociedade mais humana e mais divina", disse. "Sermos pessoas de fermento na massa. Esse é o desejo da campanha."

Durante a cerimônia, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, destacou o compromisso do governo com a emancipação dos pobres. "Defendemos os pobres, não a pobreza. Queremos que os pobres se libertem", disse. "Queremos que as pessoas se tornem protagonistas, sujeitos de sua vida e de sua história."


Para a secretária executiva do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, pastora Romi Márcia Bencke, a campanha destaca a necessidade de promover o debate de valores éticos e também do papel missionário da Igreja. "O tema da campanha deste ano nos desafia para uma ética global de responsabilidades. Nos ajuda a refletir sobre o nosso papel enquanto igrejas e enquanto religiões."

Por fim, o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos Vinícius Furtado, defendeu medidas urgentes para a proteção e o acolhimento aos mais pobres e uma reforma política no país. "A luta por dignidade, justiça e igualdade é o elo que deve nos unir", disse. "Precisamos dar um passo adiante na atual situação de um sistema político desigual. Há a Necessidade de todas as instituições de participarem desse esforço em busca de um sistema político igualitário."

Paula Laboissière - Agência Brasil
Edição: Washington Luiz

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