Anderson Silva pede contraprova em outro laboratório, mas comissão nega.

Após a brilhante vitória no UFC 183, Anderson Silva teve a sua primeira derrota depois de ser flagrado no exame antidoping. O lutador pediu para a contraprova ser analisada em outro laboratório, mas ouviu um “não” da Comissão Atlética de Nevada (NSAC). Em entrevista ao site americano “MMA Junkie”, o diretor executivo da comissão, Bob Bennett, disse que a troca de laboratório não está de acordo com as regulamentações da Agência Mundial Antidoping (WADA). Mas ele garantiu que o staff de Spider poderá acompanhar o procedimento. "Eles queriam que a amostra B fosse analisada em um segundo laboratório. Mas nós não podemos atender ao pedido dele porque não está de acordo com as regulamentações da WADA (Agência Mundial Antidoping). Mas nós o informamos que, se eles quiserem a contraprova, são bem-vindos em Salt Lake City para observar todo o procedimento e ter certeza de que nada foi adulterado," disse o diretor.


Bennett informou que a NSAC ainda tem de apresentar uma queixa formal contra Anderson Silva. Conforme noticiou o jornal "Extra", o  teste positivo do lutador será abordado em uma reunião da comissão no 17 de fevereiro, em Las Vegas, quando acontecerá o julgamento de Nick Diaz, flagrado por maconha no teste realizado no dia 31 de janeiro, dia da luta entre os dois pelo UFC 183.

De acordo com o "MMA Junkie", a comissão provavelmente vai suspender Anderson Silva temporariamente na pendência de uma audiência formal sobre os resultados no seu caso. O diretor executivo e laboratorial do Sports Medicine Research & Testing Laboratory (SMRTL), Daniel Eichner, seguiu a mesma linha de Bennett. O médico explicou que um teste de amostra demora cerca de 15 dias para fica pronto, se caso seja encontrado uma substância proibida. O exame de Anderson SIlva levou 17 dias úteis. As amostras são enviadas a um laboratório credenciado pela Wada sem o nome do atleta ou da organização."Nós não vemos nomes numa amostra. Não temos ideia de quem estamos testando ou se está relacionado a um evento específico. Podemos apressar (o processo) se um cliente pede, mas nós nunca vamos apressar um relatório e não vou me desculpar por isso. Nós precisamos do tempo certo para acertar" - disse Eichner em entrevista ao jornal "Los Angeles Times".
   
Relembre o caso - Anderson Silva atestou positivo para os metabólitos de drostanolona e androsterona, no exame realizado no dia 9 de janeiro, antes da luta marcada contra Nick Diaz no UFC 183, no dia 31. O ex-campeão dos pesos-médios, atualmente com 39 anos, nunca foi pego em qualquer exame antidoping na carreira. O atleta voltou aos octógonos no sábado, após ficar 13 meses se recuperando de uma fratura na perna esquerda.
Além do exame realizado no dia 9 de janeiro, Anderson Silva ainda foi submetido a exames nos dias 19 e 31. O resultado do primeiro ainda não foi divulgado, enquanto no segundo não apareceu nada. O lutador ainda pode solicitar a contraprova. O UFC divulgou nota oficial na noite de terça-feira após a Comissão Atlética de Nevada (NAC) informar o doping à organização.

Drostanolone é uma forma comum de esteroides anabolizantes. Androstano é uma forma de hormônio esteroide endógeno. Ambas as substâncias são proibidas de acordo com a Agência Mundial Anti-Doping (WADA).

OUTRO LADO


Anderson Silva quebrou o silêncio e comentou pela primeira vez sobre o caso de doping. O ex-campeão dos pesos-médios garantiu que irá lutar para limpar seu nome e provar a inocência. "Eu compito no esporte há muito tempo. Esta foi a minha 19ª luta no UFC. Já fui testado várias vezes e nunca testei positivo no antidoping. Eu estou consultando meus advogados para explorar todas as opções e pretendo lutar para limpar meu nome. Eu não vou mais fazer comentários até que a minha equipe me aconselhe sobre isso" – disse em entrevista ao site americano “MMA Fighting”, através do empresário do brasileiro, Ed Soares.

Edição: Momento Verdadeiro
Fontes: MMA Junkie, Los Angeles Times, Extra.
Fotos: L.E. Baskow / AP e Steve Marcus/AFP.

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