Tristeza e homenagens marcaram o velório do surfista Ricardinho.


Depois de uma madrugada repleta de tristeza e homenagens, às 10h (de Brasília) desta quarta-feira, 21, mais amigos chegaram ao velório de Ricardo dos Santos, que começou na noite de terça (20) na Guarda do Embaú, em  Palhoça, na Grande Florianópolis.

Participante das competições oficias do surfe mundial desde 2008, Ricardo ficou marcado ao conquistar o bicampeonato no Qualifying de Teahupoo, no Taiti, entre 2011 e 2012. O surfista foi morto na última terça após ser alvejado por tiros na Guarda do Embaú, uma das muitas praias da costa catarinense. Amigos e familiares lotaram o salão paroquial que recebeu a missa, entre eles o surfista Adriano de Souza, mais conhecido como ‘Mineirinho’, e Alejo Muniz. Amigo pessoal de Ricardo, o campeão do WCT, Gabriel Medina, não pôde comparecer ao velório, mas prestou homenagens pelas redes sociais.

Natural de Santa Catarina, Ricardinho, como era conhecido pelos mais próximos, chegou a vencer o norte-americano Kelly Slatter, maior campeão do WCT com onze conquistas, em uma das etapas do circuito profissional de surfe, há alguns anos. O surfista foi vítima de um policial militar que, ao ser intimado por Ricardo a não estacionar o carro em determinado lugar, reagiu violentamente atingindo o jovem com três disparos. O soldado Luiz Paulo Mota Brentano estava de folga no momento da ação e sequer prestou socorro à vítima.

O autor dos disparos, um policial de 25 anos que atua em Joinville (SC) e passava férias no litoral, alegou que agiu em legítima defesa ao ser ameaçado pelo surfista com um facão. O comandante-geral da Polícia Militar de Santa Catarina, coronel Paulo Henrique Hemm, lamentou o ocorrido em entrevista ao Diário Catarinense e garantiu que a investigação sobre o caso já está em curso. “Ele faz a história dele, está registrado nos altos. Também existe outra versão, que agora está na Justiça para que seja realmente cumprida a lei. Tomaremos as medidas administrativas que o caso requer”, comentou.

As ruas da Guarda do Embaú, em Palhoça, estavam vazias e o comércio fechou as portas em luto pelo surfista.

   

Com informações do Gazeta Esportiva

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