Travesti passista da Beija-Flor foi encontrada morta após tortura em favela.
Rio de Janeiro - A morte de uma componente da Beija-Flor depois de uma sessão de tortura praticada por criminosos do Morro da Mina, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, causa revolta na escola de samba. Na última quinta-feira, no tradicional ensaio da Azul e branco, a ausência da travesti passista, apelidada de Piu, chamou atenção dos sambistas, já que ela ia religiosamente a todos os ensaios. Piu é, na verdade, Claudio da Silva, de 25 anos, mas, no mundo do samba, ninguém a conhecia pelo nome de batismo. A informação é do jornal Extra.
Luiz negou que Piu estivesse envolvido com milícia. Nas imagens divulgadas inicialmente pela página “Amigos de Nilópolis”, os criminosos afirmam que ela foi até a favela a mando de milicianos. "Todos os familiares estão arrasados, perplexos com o que aconteceu. Ela não tinha envolvimento algum com milícia. O negócio dela era samba mesmo" - disse Luiz.
Luto no samba
Presente em várias escolas de samba, Piu recebeu homenagens nas redes sociais. A rainha de bateria da Portela, Patrícia Nery, foi uma que lamentou a morte de Piu. Neste domingo, a Beija-Flor faz seu ensaio técnico no Sambódromo do Rio, às 20h, e componentes estão pedindo para que todos utilizem fitas pretas nos braços ou no pulso.
Policias do Rio de Janeiro.
Procurada, a Polícia Militar informou que não tinha conhecimento do episódio. Já a Polícia Civil informou que a Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) abriu inquérito para apurar o homicídio. Diligências estão sendo realizadas em busca de testemunhas e familiares serão chamados para prestar depoimento.
"De acordo com informações da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), foi instaurado inquérito para apurar o homicídio. Diligências estão sendo realizadas em busca de testemunhas e familiares serão chamados para prestar depoimento. As investigações estão em andamento para apurar as circunstâncias do caso".
Fonte: Jornal Extra